Governo marca leilão de linha para março

Vale do Taquari

Governo marca leilão de linha para março

Previsão é iniciar a obra de ligação entre Lajeado e Garibaldi no ano que vem

Governo marca leilão de linha para março
Vale do Taquari

Principal fragilidade no sistema elétrico da região, a ausência de uma ligação alternativa entre o sistema nacional de energia e o Vale pode ser solucionada no próximo ano. A obra da linha de transmissão entre Lajeado e Garibaldi será incluída em leilão da Aneel agendado para março de 2017.

A data da licitação foi confirmada em reunião entre o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, o Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), durante encontro anual do setor energético em Porto Alegre. A previsão é iniciar a obra em 2017.

Conforme Redecker, apesar de não haver problemas recentes no fornecimento da região, as obras são imprescindíveis diante da crescente expansão do abastecimento na região.

Segundo ele, no verão passado, a CEEE cedeu para a AES Sul transformadores que reforçaram o atendimento, assegurando o abastecimento ao longo do último ano.

De acordo com a ONS, em médio e longo prazo, a ausência de uma segunda via de transmissão pode causar cortes de energia devido à sobrecarga ou por subtensão na linha que liga Lajeado a Nova Santa Rita.

Além dos 47 quilômetros de ligação entre Garibaldi e Lajeado, as obras incluem um nova subestação e outros 16,4 quilômetros dentro da cidade do Vale. A previsão é de ofertar outros 160 megawatts (MW) para a região. Hoje, a demanda energética regional é de 280 MW, e a capacidade da rede é de 320 MW.

Empresa desistente

O conjunto de obras havia sido incluído no leilão da Aneel realizado em junho 2013, junto com a linha de transmissão entre Candiota e Bagé. Os projetos deveriam ser concluídos em 2016, mas a empresa vencedora da licitação, a MGF Energy, sequer iniciou os trabalhos.

Em março, o Ministério de Minas e Energia cancelou a concessão outorgada à empresa. Conforme Redecker, desde o início do processo, especialistas questionavam a viabilidade econômica da proposta pela MGF devido ao alto custo e baixo retorno ao investidor.

Cinco anos de espera

O anúncio do novo leilão foi comemorado pelo diretor operacional da Certel, Ernani Aloísio Mallmann. Participante da reunião, ele destacou os inúmeros encontros realizados para tentar tirar a obra do papel. “São quase cinco anos de espera.”

Confiante na entrega das obras, afirma que a construção assegura o recebimento de energia de qualidade na região.

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