Fechamento de negócios  marca o início da Expovale

Vale do Taquari

Fechamento de negócios marca o início da Expovale

Primeiro fim de semana da maior feira de comércio, indústria e serviços do Vale do Taquari teve grande presença de público. Para empresários e investidores, evento oferece oportunidade para posicionamento das marcas e começa com bons resultados em vendas.

Fechamento de negócios  marca o início da Expovale
Nova data da feira ainda não foi definida
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Se a crise econômica deixou dúvidas sobre o sucesso da Expovale 2016, os resultados dos primeiros três dias da feira espantaram o pessimismo e mostraram aos 290 expositores o potencial do evento.

Além de um público recorde, o fechamento de negócios reforçou a relevância econômica da Expovale. Assistente de marketing e vendas da Imojel, Omar Toriani ressaltou a exposição proporcionada pela feira.

No estande da empresa, maquetes de empreendimentos chamaram a atenção de pessoas interessadas em investir no segmento de imóveis. “É um investimento seguro em um patrimônio com boa valorização ao longo dos anos e que perpassa gerações.”

A Imojel realizou cinco vendas que alcançaram R$ 830 mil. Foram dois apartamentos no bairro Montanha e três terrenos no Conventos. Ao todo, a empresa tem cerca de 1,5 mil unidades disponíveis nas mais diferentes faixas de preço.

Representante da Supramix, firma que comercializa franquias para sorveterias, Luciano Pazetto afirma que o evento permite uma maior aproximação com clientes cada vez mais exigentes. Segundo ele, as pessoas não se contentam em fechar negócios apenas com indicações ou pesquisas na internet.

“Aqui temos a oportunidade de demonstrar as máquinas e o modelo de negócio no nosso estande”, ressalta. Conforme Pazetto, essa aproximação permite discutir melhor os processo da franquia e apresentar os possíveis resultados.

Ele afirma que boa parte dos visitantes do estande é de clientes que já negociam com a empresa e aproveitam o espaço para conhecer os detalhes do negócio. Além disso, ressalta a oportunidade de conhecer investidores em potencial. “São contatos que resultam em vendas após a feira.”

Proprietário da empresa Espaço Container, Astor Junges afirma que o número de visitantes superou as expectativas. Segundo ele, a visibilidade alcançada em dez dias de evento é maior na comparação com outras modalidades de propaganda.

“Aqui a pessoa pode entrar em uma casa feita de container e ver a qualidade do produto”, relata. Para Junges, a grande procura pelo estande se explica pela inovação do produto, ainda pouco conhecido pelo público, e pela variedade de opções de preços e configurações das moradias. “Na feira, conseguimos resultados de curto prazo, o que é fundamental diante do momento econômico”, aponta.

Um dos segmentos que mais sofreram com a crise, o setor automotivo também aposta na Expovale. No espaço Duelo de Gigantes, concessionárias das marcas Toyota, Chevrolet, Fiat, Ford, Honda, Peugeot, Kia, Volkswagen e Hyundai expõem cerca de cem automóveis.

Entre o sábado e o domingo, quatro carros foram vendidos no espaço. Todos os veículos continuarão expostos durante a semana, mas as comercializações voltam a ocorrer somente no fim de semana dos dias 19 e 20.

Espaço das agroindústrias teve entre os destaques as geleias de erva-mate e tomate produzidas por Vitório Zanella

Espaço das agroindústrias teve entre os destaques as geleias de erva-mate e tomate produzidas por Vitório Zanella

Agroindústria e artesanato

Os negócios familiares são destaque no pavilhão 4. Produtos de agroindústrias e artesanatos são comercializados em 50 estandes que oferecem desde suco colonial, queijos e salames, até velas de LED e roupas para animais de estimação.

Entre os destaques do espaço, estão as geleias e schimiers da agroindústria familiar MZ Alimentos. Fabricadas por Vitório Zanella, em Encantado, têm sabores inusitados como erva-mate e tomate, que renderam prêmio na Expointer. Mais de dez mil unidades dos produtos estão disponíveis na Expovale.

A Franz Alimentos, de Santa Clara do Sul, apresenta os salgadinhos e chips feitos à base de batata-doce e aipim. Produzidos pela família de Flávio Antônio Franz, os produtos estavam entre os mais concorridos do fim de semana. Para Franz, a Expovale oportuniza ampliar o número de consumidores e firmar contatos com novos estabelecimentos.

Proprietário de uma fábrica de velas artesanais em Imigrante, Cleber Mattuella trouxe à feira uma linha de produtos com lâmpadas de LED. Também apresentou velas com repelentes de mosquitos, aromáticas e acendedores de lareiras e churrasqueiras feitos com restos de pavio.

Empresa com sede em Porto Alegre, a Arte Pet está na Expovale pela segunda vez. Especializada em roupas para animais domésticos, apresenta desde bonés até vestidos de festa e um conjunto tradicionalista, com bombacha, camisa, colete e lenço.

Banda Rosa Tatuada apresentou clássicos dos 28 anos de carreira na noite de domingo

Banda Rosa Tatuada apresentou clássicos dos 28 anos de carreira na noite de domingo

Rock e motocicletas

A edição deste ano também foi marcada pela 1º edição do Expovale Moto Show. Realizado no sábado e no domingo, o encontro reuniu cerca de 1,6 mil motocicletas e teve a presença de grupos do Vale do Taquari e da Serra Gaúcha.

No domingo, a presença das motocicletas foi mais intensa, embalada pela programação voltada para os shows de rock. A banda Franchicos aqueceu o público com clássicos do estilo.

Em seguida, a banda Rosa Tatuada, um dos principais expoentes do gênero no RS, apresentou hits que marcaram os 28 anos de carreira, como Tardes de Outono e O Inferno Vai Ter que Esperar.

Espaço para solidariedade

Doze entidades da região participam da feira em espaço dedicado à divulgação do trabalho social. No domingo, a Apae Lajeado e a ONG Amor Animal apresentaram suas atividades e comercializaram produtos, visando arrecadar recursos para a continuidade dos trabalhos.

A programação do Expovale Social segue nesta terça-feira, 15, com a presença da Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat) e da Associação de Deficientes Físicos de Lajeado (Adefil). Na quarta-feira, é a vez da Apae de Cruzeiro do Sul.

Na quinta-feira, 17, o espaço será ocupado pelo projeto Vida + Viva Sem Álcool e pela ONG Parceiros Voluntários. No sábado, 19, FundeF e o Programa Mesa Brasil do Sesc participam do Expovale Social. A programação encerra no domingo, 20, com a Adefil e a Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (Apadev).

Mais de cem veículos estão expostos no espaço Duelo de Gigantes

Mais de cem veículos estão expostos no espaço Duelo de Gigantes

Encontro com produtores

Maior empresa em geração de emprego e impostos do Vale do Taquari, a BRF, proprietária das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, aproveita a Expovale para apresentar apresentar lançamentos e ampliar o relacionamento com os produtores. Nesta terça-feira, 15, a companhia aguarda 1,5 mil pessoas no evento Viva a Integração.

A programação começa às 9h30min, na Arena de Shows, com encontro entre os diretores da empresa e produtores de aves e suínos. O espaço será aberto ao público a partir das 10h30min, para palestra sobre sustentabilidade com o jornalista e apresentador do Globo Rural Nelson Araújo.

A companhia tem dois espaços para visitação na feira. Um deles, no pavilhão 2, é dedicado a degustações e contatos para negócios. Na parte externa, uma carreta da Sadia vende e oferece amostra de produtos das três marcas produzidas pela BRF.

“O advento das normas foi um marco no desenvolvimento da construção civil”

A Hora – Qual a importância de discutir as normas estabelecidas para a construção civil?

Ricardo Ferreira –

“O momento é oportuno para colocar em pauta todas as mudanças da construção civil a partir das normas de desempenho.”

Faz três anos que as regras foram implementadas e a forma de construir teve que ser repensada. O foco agora é satisfazer todas as exigências do cliente. Foram mapeados uma série de quesitos, como conforto térmico e acústico, iluminação e ventilação adequadas e segurança estrutural para que o imóvel perdure por muitos anos. As normas vêm ao encontro dessas exigências.

As normas começaram a valer nas vésperas de uma crise econômica. De que forma esse momento da economia interfere na implantação do modelo?

Ferreira – A crise chegou um ano após a instituição das normas. O mercado deu uma desacelerada a partir de 2014. Com isso, temos que ser muito mais eficientes nas soluções. Isso requer mais planejamento e antecipação. Esse cenário negativo trouxe esse desafio de pensar mais no processo e isso foi bom para a construção civil. Por outro lado, pessoas que constroem com uma qualidade muito baixa estão saindo do mercado. O próprio cliente está mais exigente, porque compara os produtos. Se uma construtora oferece mais qualidade, acaba se destacando em relação aos concorrentes, que começam a se adequar. O advento das normas foi um marco no desenvolvimento da construção civil.

Como a mudança alterou a relação entre fornecedores e construtoras?

Ferreira – A cadeia de fornecedores também teve que se adaptar. Hoje temos materiais inovadores de alta qualidade disponíveis no mercado. Um exemplo são os tijolos. Quando você quebra blocos para passar fiação elétrica ou parte hidráulica, começa a comprometer o conforto acústico. Cria pontos de fragilidade. Hoje, comprar um bloco que com furo na vertical para a prumada da elétrica e da hidráulica evita a quebra. Se torna uma coisa natural. O funcionário que vai fazer a alvenaria sabe exatamente o tamanho do tijolo que começa a parede, o tamanho que termina e os locais onde existem blocos diferentes. Isso era impensável a quatro ou cinco anos.

Normas da construção civil

Arquitetos, engenheiros, projetistas, construtores e incorporadores participaram neste sábado do workshop Implantação da NBR 15575, sobre os novos padrões da construção civil. Promovido pela Imojel, o evento foi conduzido pelo engenheiro civil Ricardo Ferreira.

Conforme Ferreira, a norma implantada em 2013 ampliou as exigências das construções e surgiu da insatisfação de clientes com a qualidade dos produtos oferecidos no Brasil. Para ele, profissionais da área devem se unir e trocar experiências sobre o tema para aperfeiçoar o setor.

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