Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a osteoporose é uma doença que atinge uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens no mundo. Ela se caracteriza pela quantidade de massa óssea, que diminui e resulta em ossos ocos, finos e mais sujeitos a fraturas. Considerada parte normal do processo de envelhecimento, a doença progride de forma lenta e quase não apresenta sintomas antes de uma fratura. Sem os exames, a osteoporose pode passar despercebida.
Mas existem formas de preveni-la. Os exercícios são parte importante. Os mais indicados são de cadeia fechada, ou seja, que trabalham diversos grupos musculares. Esses são mais seguros para as articulações, como exercícios funcionais e com impacto e estímulo à contração muscular e à regeneração óssea.
Entre os exercícios indicados, estão agachamentos, corrida, vôlei e basquete. Para pessoas idosas, a fisioterapia ajuda no controle do corpo e no equilíbrio, por meio de exercícios de agilidade. O Pilates é indicado, pois trabalha com a própria carga corpórea da pessoa.
Mulheres, as mais atingidas pela osteoporose
A maior prevalência da osteoporose é entre mulheres. Isso por conta da diminuição da produção de estrógeno depois de certa idade. Mas é preciso estar atento em todas as fases da vida. Uma alimentação deficiente, por exemplo, pode levar à fragilização dos tecidos dos ossos e ao raquitismo.
Fatores agravantes, como baixa ingestão de cálcio e vitamina D, fumo, consumo excessivo de bebida alcóolica, vida sedentária e histórico familiar são observados em indivíduos que desenvolvem a osteopenia, um estágio anterior à osteoporose.
Por se tratar de uma doença silenciosa, o diagnóstico ocorre após exames de rotinas, por volta dos 35 ou 40 anos. É quando se percebe alterações nos níveis de cálcio e vitamina D nos exames de urina e sangue. Se houver suspeita, o médico encaminha o paciente para um reumatologista.
Tratamento e a vitamina D
Para reverter o quadro da osteoporose, recomenda-se o consumo ou suplementação de cálcio, exposição ao sol (que estimula a produção de vitamina D no corpo) e exercícios físicos. Para a OMS e a Fundação Internacional de Osteoporose, é ideal ter um consumo de g de cálcio por dia. Os valores variam para crianças e gestantes: 500mg entre 1 e 3 anos, 800mg entre 4 e 8 anos, 1300mg entre os 9 e 18 anos e 1200mg para grávidas.
Para obter essa quantidade, a principal fonte de cálcio são os alimentos lácteos: leite e derivados. A alimentação normal do brasileiro (arroz, feijão, salada e carne) fornece cerca de 200mg por dia. Para chegar ao nível ideal, indica-se incluir um copo de leite, um copo de iogurte e uma fatia de queijo. Tirar a gordura do leite não influi no nível de cálcio, por isso, pode-se consumir leite semidesnatado ou desnatado normalmente.
A exposição aos raios ultravioletas do tipo B (UVB) ativa o funcionamento da vitamina D, que facilita a absorção do cálcio pelo organismo. Por isso, recomenda-se exposição entre 10h e 14h sem proteção durante 15 minutos, três vezes por semana
Crianças com deficiência da vitamina D podem ficar raquíticas, ter problemas para dormir, irritabilidade, desenvolver miopia, diarreia, ossos fracos e dificuldade de metabolização de outras vitaminas. O excesso de vitamina D, contudo, pode levar à saída de cálcio dos ossos e acúmulo nos rins, formando cálculos renais.
Fonte: Bem Estar
20 anos
Fase de armazenamento do estoque ósseo
A dica é praticar exercícios físicos regularmente. Isso porque a atividade preserva a absorção do cálcio pelos ossos. Ainda aumenta a resistência e o metabolismo ósseo. O hábito deve ser mantido por toda a vida como medida principal de prevenção de problemas ósseos.
A alimentação é parte importante nesta fase. Uma dieta rica em vitaminas e sais minerais deve incluir porções ideais de cálcio. Essa é a matéria-prima mais importante da estrutura óssea. Alimentos ricos em cálcio, como verduras, derivados do leite e carnes brancas, auxiliam a absorção durante a digestão dos alimentos. Esse hábito também deve ser mantido ao longo da vida.
30 anos
Fase de armazenamento do estoque ósseo
Exponha-se moderadamente ao sol. Isso estimula a produção de vitamina D. Mas, atenção aos horários, é fundamental tomar sol em momentos adequados: pela manhã ou ao fim da tarde. Evite o sedentarismo e o fumo. Esse problema está ligado à interação entre o fumo e o hormônio feminino, somada à liberação de radicais livres. O cigarro também diminui a função da célula responsável pela produção da matriz óssea, o que também ocasiona uma maior dificuldade para fumantes na consolidação de fraturas.
40 anos
Fase de manutenção do estoque ósseo
A qualidade do sono é importante da prevenção à osteoporose. O organismo libera hormônios que ajudam na captação do cálcio ao osso durante o repouso. Nessa idade, é hora de monitorar o uso de algumas medicações, como glicocorticoides e de alguns anticonvulsivantes específicos. Isso pode contribuir para a perda da qualidade dos ossos e deve ser sempre monitorado e acompanhado por médicos.
Nesta fase, a dica para as mulheres é manter um acompanhamento médico na menopausa. Elas devem procurar o ginecologista para avaliar a necessidade de passar por uma reposição hormonal.
50 anos
Fase de diminuição do estoque ósseo
É hora de fazer complementação de cálcio e vitamina D. É recomendada uma dieta rica nos dois componentes. Devido à produção cutânea e à estocagem reduzirem ao longo dos anos, o cuidado deve ser maior com idosos. Visitar o médico regularmente é uma necessidade.
Serve para rastrear e prevenir, além dos exames anuais que devem ser feitos e da densitometria óssea para detecção da
osteoporose.
