A proposta de fechar turmas e acabar com alguns turnos de aulas em escolas estaduais não deve ser implementada na região.
A medida, anunciada na quinta-feira, 12, visa economizar recursos em 2017. Para isso foi determinado um número mínimo de alunos por sala para garantir a formação da classe. O mesmo critério é usado para manter a escola funcionando em alguns turnos.
Segundo a coordenadora regional de Educação, Greicy Weschenfelder, o número de matrículas para 2017 na região deve se manter o mesmo deste ano. “Não vamos ter diminuição de matrículas, manteremos os que temos atualmente.” Mesmo assim, ela mantém a cautela e prefere não ser definitiva. “Qualquer manifestação pode ser precipitada, estamos estudando nossa realidade, mas não acredito que tenhamos turmas fechadas.”
Apesar da tranquilidade, Greicy reconhece que algumas colégios da região devem ficar abaixo dos limites exigidos pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc). “Tem escolas que não têm como colocar mais pessoas porque não há mais alunos.”
Hoje a região tem 22 mil estudantes divididos em 88 escolas, uma média de 250 por instituição. Em alguns municípios, apenas uma escola oferece o ensino. O cenário mais preocupante é de municípios pequenos com apenas uma escola de Ensino Médio. Nesses locais, existe o risco de a escola ser fechada e os discentes serem encaminhados para cidades vizinhas.
Greicy garante que a CRE tentará evitar essa medida. “Vamos lutar para que isso não aconteça, Somos governo, mas também somos colegas e devemos respeito a eles.” Para ela, será necessário que a Seduc avalie a realidade local.
Cpers desconfia
Diferente da coordenadora de Educação, os representantes do Cpers se mostram preocupados com a proposta do governo. O presidente do sindicato Oséas Souza de Freitas vê com desconfiança a ideia de fechar turmas. “Com a política que esse governo vem aplicando, é muito provável que essa enturmação aconteça.”
Uma das principais críticas de Freitas é em relação ao número máximo de pessoas determinado pela secretaria. “As aulas para uma turma muito grande são bem menos detalhadas e com baixa qualidade.” A proposta do governo é que as turmas de Ensino Médio tenham até 50 alunos. Entre o 2º e 9º ano do Fundamental, a ocupação máxima das salas fica entre 30 e 35.
Ao comentar a economia alegada pelo governo para a medida, Freitas aponta alternativas. “O Cpers apresenta como solução o combate à sonegação e à isenção de impostos de grandes empresas. E, em âmbito federal, a taxação das grandes fortunas.”
Novos limites por sala
Ensino Fundamental
1º ano – até 25
Do 2º ano ao 4º ano – até 30
Do 5º ao 9º ano – até 35
Ensino Médio – Até 50 alunos em todos os anos