O atual prefeito de Arvorezinha, Luiz Paulo Fontana, do PSDB, é alvo de nova denúncia ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Dessa vez, a suspeita é de compra de votos. Ele ainda aguarda decisão em segunda instância de outro processo referente à candidatura dele e do vice, Roberto Fachinetto, do PP.
Conforme a acusação contra Fontana e Fachinetto, a chapa da situação teria ofertado o pagamento integral de uma casa popular a eleitores. A ação civil foi ajuizada pela promotora de Justiça, Graziela Veleda, da comarca de Arvorezinha.
A Justiça Eleitoral não descarta colocar sob sigilo o processo de investigação e julgamento do caso.
Essa será a segunda denúncia do MPE contra a chapa do atual prefeito em menos de dois meses. No dia 29 de setembro, três dias antes do pleito, ele e o vice tiveram os registros das candidaturas cassados e foram multados em 10 mil UFIRs.
De acordo com a decisão do juiz, a representação ajuizada pela Coligação Quero Mais para o Meu Povo apresentou provas de que foi disponibilizado transporte público para o deslocamento de eleitores até o CTG Jango Borges, onde foi realizado o lançamento de campanha da Coligação Unidos para Continuar a Mudança.
O prefeito recorreu dessa decisão e aguarda novo posicionamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No pleito de outubro, ele recebeu menos votos do que o opositor, Sérgio Velere, do PDT, que também teve o registro indeferido pela Justiça e aguarda por julgamento junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Há possíbilidadade de novas eleições.
Indefinição para a única prefeita
Catea Rolante, do PMDB, foi a única prefeita eleita entre os 38 municípios do Vale. Apesar da conquista, ela ainda corre risco de não assumir a prefeitura de Doutor Ricardo. Isso porque a coligação de oposição, integrada por PP e PDT, pede a cassação da chapa vencedora por suposto abuso de poder político.
“Estou em Brasília e não poderia comentar muito sobre o assunto agora. Não houve decisão judicial ou qualquer resposta até o momento. Mas posso afirmar que estou muito tranquila em relação a tudo isso”, salienta a prefeita eleita com 1.019 votos contra 809 do opositor e denunciante.
A denúncia foi encaminhada no dia 9 de setembro ao cartório da 67ª Zona Eleitoral de Encantado. No processo, consta que Catea, o vice, Álvaro Giacobbo, e candidatos à vereança recepcionaram o ex-governador do Estado e ex-senador, Pedro Simon, no gabinete do atual prefeito, que também é do PMDB. Eles teriam utilizado “imóvel público em benefício da candidatura.”