Menino autista continua sem atendimento

Teutônia

Menino autista continua sem atendimento

Executivo ignora decisão judicial sobre transporte à Apae. Multa é de R$ 100 por dia

Menino autista continua sem atendimento
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A família de Arthur Vargas, 10, conseguiu vaga na Apae de Lajeado. No entanto, a administração municipal ainda não disponibilizou o transporte, conforme determinação judicial. A juíza Patrícia Stelmar Netto emitiu documento em setembro exigindo que o Executivo ofertasse coletivo diário até a instituição, sob a pena de pagar multa de R$ 100 por dia.

A secretária de Educação, Inara Böhmer, alega que está sendo elaborado relatório em parceria com a Apae da cidade vizinha. O setor jurídico mantém o documento em análise. Desde a decisão judicial, faz 47 dias que a família não recebe resposta positiva do governo. Essa é a segunda vez que a administração é intimada a disponibilizar transporte para o menino. Na primeira vez, recorreu da decisão e postergou o cumprimento da medida.

Relembre o caso

Arthur frequentava associações para crianças especiais desde os 3 anos. No entanto, em dezembro de 2014, quando uma professora foi afastada, a coordenadora pedagógica da época assumiu a turma e os problemas iniciaram. O Instituto Geral de Perícias (IGP) de Porto Alegre atestou que o menino sofreu agressões.

Com receio de mais agressões, ele foi afastado da escola.

“Obteremos êxito, sem dúvida alguma”, diz mãe

O principal desejo da mãe é que o menino tenha acesso à educação.

A Hora – Como se sente aguardando dois anos pelo direito à educação do Arthur?

Karen – Após dois anos de espera por uma solução, o sentimento é de injustiça. A educação é uma necessidade básica, é parte de um conjunto de direitos, que têm como inspiração o valor da igualdade.

Nota algum prejuízo no desenvolvimento cognitivo do Arthur? Quais?

Karen – O autismo é uma síndrome que exige que a criança tenha uma ampla gama de intervenções multidisciplinares. A continuidade dessas terapias é fundamental para o desenvolvimento. Quando há uma interrupção, a continuidade é quebrada, muito do avanço que se obteve é perdido.

Como espera ver seu filho daqui a 18 anos?

Karen – Minha expectativa, primeiramente, é que toda essa situação esteja resolvida. Espero que ele tenha autonomia para as coisas do dia a dia, que esteja em harmonia consigo mesmo, e que consiga cada vez mais expressar suas vontades, ideias, etc.. e por fim que esteja cada vez mais integrado à sociedade.

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