O governo prevê alocar R$ 40 milhões no orçamento de 2017 para a finalização da obra de duplicação da BR-386 entre Estrela e Tabaí. A verba está prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas ainda depende da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para ser efetivada.
De acordo com o superintende do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Hiratan Pinheiro da Silva, caso seja aceito no Congresso, o recurso para a duplicação será disponibilizado já no início do próximo ano.
“Obra parada é ruim para todo mundo”, afirma. Segundo ele, se o tempo for favorável, os trabalhos estarão concluídos em cerca de seis meses. A intenção é retomar a construção em janeiro para aproveitar os dias mais quentes e mais longos do verão.
Para o presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari, Ito Lanius, a retomada da obra é uma ótima notícia, não apenas para a região, mas para todo estado. “Agora sabemos que a obra é prioridade e vamos continuar lutando para que o projeto seja concluído. ”
Presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cíntia Agostini questionou sobre o papel das entidades para assegurar a disponibilidade dos recursos. Ela ouviu do superintende do Dnit/RS que é preciso manter o recurso no planejamento. Para tanto, sugeriu conversas com a bancada de senadores gaúchos para explicar a importância da obra.
Dez meses de espera
A duplicação da BR-386 está parada desde janeiro deste ano, por falta de recursos. Segundo o Dnit, mais de 90% da obra está concluída. Segundo o departamento, faltam dez quilômetros de duplicação para liberar o trânsito, além de dois quilômetros de terraplanagem.
Conforme o superintendente do Dnit, a obra se torna prioridade devido ao avanço dos trabalhos. Presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Sérgio Marasca considera importante o trabalho em conjunto das entidades no sentido de pressionar as autoridades a assegurar a conclusão da obra.
Concessão de rodovias
Outro tema abordado na reunião foi a provável concessão da rodovia após o fim das obras. De acordo com o superintendente, o processo deve ser encaminhado ainda no próximo ano, com a instalação de um pedágio no trecho.
“Estamos aguardando o edital para projetar tudo o que precisa ser feito”, afirma. Segundo ele, os moradores próximos podem encaminhar demandas ao órgão.
Lanius aproveitou a oportunidade para questionar sobre a possibilidade de avanço da obra no trecho entre Lajeado e Iraí. “Esse pedágio vai servir para manutenção ou vai prever investimentos na rodovia como alargamento da estrada para desafogar o trânsito?”
Conforme o superintendente, o edital deve contemplar as necessidades mínimas da rodovia para um período de 20 anos. O presidente da CIC-VT ainda falou sobre a elaboração de um projeto de logística para apresentar um panorama da infraestrutura rodoviária do Vale do Taquari.