Congresso aborda traumas na mandíbula

Lajeado

Congresso aborda traumas na mandíbula

Jornada Odontológica Interdisciplinar ocorre nos dias 4 e 5 no hotel Weiand

Congresso aborda traumas na mandíbula
Lajeado
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As consequências dos traumas na mandíbula para a saúde serão tema de Jornada Odontológica Interdisciplinar. O evento nacional ocorre nos dias 4 e 5, no Weiand Hotel, e reúne profissionais das áreas de Odontologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Otorrinolaringologia e Ortopedia.

De acordo com o dentista Cláudio Bertella, os traumas mandibulares, principalmente os que ocorrem na infância, são responsáveis por uma série de problemas de saúde na vida adulta. Segundo ele, estima-se que 2/3 da população sofra com as consequências traumatismos resultantes de quedas durante os primeiros anos de vida.

Os motivos para os problemas são o rompimento de uma cartilagem embrionária responsável pelo crescimento da mandíbula. “Mesmo batidas com pouca intensidade podem levar à ruptura e deslocamento desta cartilagem, provocando a diminuição do tamanho da mandíbula”

Conforme Bertella, a primeira consequência é a atrofia da cavidade oral, reduzindo o espaço que deveria ser ocupado pela língua. Com isso, o músculo responsável pela fala desloca-se para baixo e para trás, obstruindo as vias aéreas e provocando dificuldades respiratórias.

“A diminuição da oxigenação do nosso organismo afeta a resistência imunológica, diminui o rendimento físico e deixa o ser humano suscetível a muitas outras doenças”, afirma. Outra consequência do crescimento reduzido da mandíbula é a diminuição da parte inferior da face e o encurtamento dos músculos mastigatórios.

Com isso, todo o sistema mastigatório acaba alterado, provocando bruxismo, apertamento dos dentes e compressão da articulação temporomandibular. “Como a articulação é muito próxima ao ouvido, pode causar perdas auditivas e zumbidos.”

O rompimento da cartilagem também provoca alterações no sistema nervoso central. Responsável pelo controle de funções vitais como mastigação e respiração, inicia um processo de compensação, mudando a posição da cabeça e coluna cervical de forma a permitir uma melhora no espaço das vias respiratórias.

“O problema é que essas compensações provocam dores de cabeça na região lateral e posterior, pois os músculos que encobrem o crânio acabam tensionados”, relata. Segundo ele, o diagnóstico das patologias pode ser realizado por meio de exame radiográfico simples.

Pioneirismo

Conforme Bertella, o município de Lajeado é protagonista nos debates acerca do tema. Segundo ele, a Sociedade Brasileira de Patologias da Articulação Temporomandibular foi criada após um workshop realizado na cidade, em 2004.

“A partir disso, as jornadas da área ocorreram em várias cidades do Brasil, além de Argentina, Paraguai, Porto Rico e outros países da América Latina”, ressalta. As vagas para o encontro são limitadas. Interessados devem contatar pelo 3748-3100 ou atendimento@agea.com.br.

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