Projeto instiga debate  sobre cyberbullying

Teutônia

Projeto instiga debate sobre cyberbullying

Iniciativa alerta para agressões no meio digital

Projeto instiga debate  sobre cyberbullying
Teutônia

A presença massiva da juventude na internet exige atenção e orientação. Para gerar debate sobre o cyberbullying, a professora de Informática Ana Lúcia dos Santos Hamester desenvolveu projeto com aluno do 9º ano do Ensino Fundamental, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Leopoldo Klepker, do bairro Alesgut.

A apresentação do projeto iniciou por meio de apresentação do filme Cyberbullying. A produção serviu como base para responder questionário e iniciar debate entre os estudantes.

O terceiro passo foi disseminar o conhecimento adquirido para o restante da escola. Grupos foram formados para compartilhar as ideias adquiridas com os demais estudantes. “Nesses encontros, os professores foram coadjuvantes e mediadores. O papel de conscientização foi incorporado por todos os estudantes do 9º ano, com muitas dicas, conceitos e cuidados apresentados aos colegas de outras séries” destaca a professora Ana Lúcia.

O estudante Wictor Rillo Santos, 16, descobriu direitos e deveres que a legislação apresenta quanto ao convívio virtual. Além disso, recebeu orientação para não dar margem ao cyberbullying. “Devemos confiar nos nossos pais e professores, sempre contar e compartilhar com eles nossos problemas, principalmente os relacionados à internet. Também não devemos nos expor, enviar fotos de nudes e outros vídeos que possam nos comprometer ou nos expor”.

Raquel Cristina Winhelmann, 14, participou do projeto e percebeu a importância de compartilhar boas ideias e orientar os colegas sobre o assunto. “Poder ajudar alguém é ótimo e mudar o conceito de exposição dos adolescentes é algo muito importante na atualidade. Poder contribuir para que não aconteçam casos de cyberbullying em nossa escola ou no município é muito importante”.

Para a diretora do educandário, o tema é indispensável. “É atual e cotidiano da sociedade moderna. Ele orienta e informa os nossos estudantes quanto ao uso das tecnologias e redes sociais”.

O que é o cyberbulling

A palavra inglesa bully, que faz alusão a “valentão”, caracteriza o ato de maltratar ou até violentar de forma constante por motivos supérfluos. A ação repetitiva é denominada bullying. Com o avanço da tecnologia e a inclusão da internet no cotidiano da sociedade, a prática invadiu a rede afetando o psicológico das vítimas e causando efeitos na vida real.

Em geral, os ataques ocorrem com objetivo de denegrir em meio público virtual. A velocidade em que as informações na web disseminam tornam os episódios ainda mais impactantes às vítimas. O cyberbullying pode chegar a ser tão cruel e violento quanto ao bullyng físico. Suas consequências são graves e podem causar danos reais, relata Ana Lúcia.

Uma pesquisa realizada pela Intel Security no ano passado demonstrou que 66% das crianças e jovens com idade entre 8 e 16 anos já presenciaram cyberbullying. Dos 507 entrevistados brasileiros, 21% afirmaram ter sofrido a prática. Apesar de as principais redes sociais permitirem acesso de maiores de 18 anos, a maior incidência ocorre com jovens de 13 a 16 anos que burlam cadastros para garantir ingresso nas redes sociais.

Saiba mais

Presença nacional aumenta na internet. Segundo a pesquisa Digital in 2016, da We Are Social, 45% dos brasileiros estão ativos em redes sociais. A preferência no país está para o Facebook. São registrados 103 milhões de internautas, sendo 54% do público feminino. A lista dos países que mais utilizam a plataforma é liderada por Estados Unidos, Índia e Brasil.

O Whatsapp é a segunda mais utilizada com 30% da população acessando diariamente. A pesquisa ainda mostra que o aplicativo está presente em 70% dos aparelhos celulares no país.

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