Grupo leva dança brasileira ao México

Lajeado

Grupo leva dança brasileira ao México

Antes do embarque, a companhia apresenta o espetáculo no auditório do CBM amanhã

Grupo leva dança brasileira ao México
Lajeado

A Cia de Show, da Artte Escola de Dança, sobe ao palco do Colégio Madre Bárbara (CBM) neste sábado, às 20h, com o espetáculo Dançando o Brasil. Quatro dias depois, a companhia embarca para o México, onde faz a mesma apresentação no Festival de Danças de Tultepec.

Segundo a professora de dança e proprietária da Artte, Taís Maia, o show recebeu elogios depois de ser apresentado nos festivais do Chile, Bolívia, Espanha e Portugal. Em Tultepec, além dos shows, o grupo cumpre programação de desfiles pelas ruas da cidade, visita à imprensa local e integração com outras delegações durante 14 dias.

Dançando o Brasil mostra o “gingado” do país na forma de diversidade da cultura brasileira. Samba de gafieira, forró, pagode, frevo, carimbó, danças gauchescas e passistas de carnaval compõem a apresentação.

O convite para ir a Tulpec veio do grupo que organiza o festival, conta Taís. O dançarinos mexicanos e brasileiros se conheceram durante o Festival de Dança do Chile, e ainda se reencontraram na Bolívia. “Eles viram nosso espetáculo e ficaram interessados em levá-lo para o México”, lembra Taís. A convocação veio antes, em 2014, mas na época o grupo da Artte preferiu a Espanha como destino.

Disseminação da cultura

Os festivais de dança geralmente deixam as competições de lado, explica Taís. O objetivo é integrar os profissionais de diferentes países, além de divulgar a cultura de cada um. Durante os 14 dias, ocorrem oficinas de dança e seminários ministrados pelos diretores de cada delegação. Taís lembra ainda que há somente um grupo de cada país nos festivais. “Ou seja, seremos os representantes do Brasil lá.”

Taís assina a direção geral, coreografias e figurinos do espetáculo Dançando o Brasil. O auxílio do coreógrafo Adroaldo Parizotto foi necessário na parte de danças gauchescas. A professora Cristina Christie, natural da Região Norte, ajudou na montagem do carimbó e dança indígena. Foi necessário estudo aprofundado sobre danças típicas e indumentárias originais de cada região, conta Taís.

Por levar a cultura brasileira para o exterior, o show deve ser o mais original possível, considera ela. “Dessa forma, as pessoas conhecem as danças como elas são verdadeiramente.” A participação no festival é uma “via de duas mãos”, já que os bailarinos brasileiros conhecem também cultura e danças típicas de outros países participantes.

Na escola de dança, as aulas ministradas por Taís entram em uma pausa durante os 14 dias. Mas, em outros estilos e curso, tudo continua de forma normal com os outros profissionais.

De malas prontas

Para a professora de dança, é de grande importância levar a dança brasileira para outros povos. “Nossa cultura é muito alegre, rica e diversificada.” Entre os dançarinos, o sentimento é de orgulho por representar o Brasil em um evento de importância internacional, diz ela.

Sem apoio financeiro, os profissionais se esforçam para captar recursos por meio de promoções, shows e rifas. “Buscamos patrocínio em empresas da região várias vezes, mas sem sucesso.”

Perto da data de embarque, fica difícil conter a ansiedade. “Temos certeza que será um dos melhores, se não o melhor festival que já participamos.” O empenho e dedicação do grupo de bailarinos brasileiros é parte importante. Já a hospitalidade dos mexicanos dá segurança de uma boa estadia. Entre atividades, os dançarinos querem ter momentos turísticos, com passeio em Acapulco e participação na tradicional festa do Dia de Los Muertos.

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