Admiradas, animadas, reflexivas e por fim conscientizadas. Esse é o resumo do processo de aprendizado pelo qual cerca de 80 crianças, com idades entre 4 e 8 anos, passaram na tarde de ontem. Alunas do Sesquinho e do Projeto Vida Moinhos, elas assistiram ao Teatro em Trânsito, uma promoção do Ministério da Cultura, patrocinada pelas Lojas Benoit. A apresentação foi realizada no Teatro do Sesc, apoiador da iniciativa.
Lá, conheceram a história de Zé, um garoto arteiro, que adorava brincar de carrinho, mas não respeitava as regras de trânsito. Na narrativa, Nora e Denise, amigas do menino, perceberam a má conduta e resolveram lhe dar uma lição.
Para isso, elas montaram um trajeto com várias sinalizações de trânsito, e chamaram Zé para brincar. Espelhado no exemplo dos pais, ele acelerava no sinal amarelo, não parava na faixa de pedestres, e buzinava sem necessidade, inclusive quando chegava perto de hospitais.
Espertas, as meninas conseguiram mostrar a ele o caminho certo, transmitindo a consciência aos pequenos espectadores. Além do trânsito, assuntos como relações de gênero e política foram abordados na peça.
Para a diretora e atriz do teatro, Iselda Pelison, o espetáculo infantil traduz termos técnicos de forma lúdica, facilitando o entendimento das normas pelas crianças. “Enfatizamos que não são somente os motoristas que precisam respeitar o trânsito, mas também os pedestres”, cita. Exemplos da família são repassados para que os estudantes fiquem alertas e saibam diferenciar o certo do errado.
Aprendizado
Convocados pelos atores a participar, os pequenos foram envolvidos pela trama. Deram opiniões e alertaram o personagem Zé sobre os seus erros. Isabeli Locatelli da Silva, 8, é aluna do Projeto Vida Moinhos e foi uma das espectadoras da peça. “Eu sei que temos que esperar o sinal para atravessar a rua, passar na faixa e cuidar pra não ser atropelado. Mas sei que vou aprender muitas coisas novas aqui”, comentou.
Esta foi a quarta apresentação do Teatro em Trânsito. A última ocorre no dia 29, na Feira do Livro de Osório. A interpretação é do grupo teatral Foiceacena, de Arroio do Meio.
