O secretário estadual de Segurança, Cezar Schirmer, visita hoje o município para tratar sobre a inauguração do presídio feminino. A chegada de Schirmer está prevista para às 14h. Pela manhã, representantes do Judiciário, da Alsepro e do Conselho da Comunidade Carcerária se reúnem para articular o encontro com o secretário.
De acordo com o presidente do conselho, Miguel Feldens, Schirmer conhecerá as instalações da obra realizada sem recursos da União ou do Estado. “Depois, vamos até o presídio masculino para mostrar as condições do prédio e falar sobre a necessidade de reformas.”
Em seguida, Schirmer se reúne com os representantes locais no Fórum para discutir a inauguração do complexo. Conforme Feldens, o secretário estará acompanhado da superintendente da Susepe, Marli Ane Stock. Segundo ele, a estrutura está pronta, mas ainda falta a garantia de servidores e alguns equipamentos para o funcionamento. “Precisamos de uma cozinha completa, com fogão, freezer e refrigerador.”
De acordo com Feldens, parte do material a ser usado no novo prédio foi arrecadado por meio de doações. Entre eles, estão cadeiras, mesas e quadro-negro para a sala de aula e prateleiras do local onde será montada uma biblioteca, frutos de doação da Secretaria de Educação.
“Ganhamos cadeiras e mesas da OAB de Estrela e também um balcão em L para a recepção, entre outros materiais”, aponta. Para o presidente do conselho, seriam necessários menos de R$ 100 mil para comprar os demais equipamentos.
Com relação à defasagem no número de servidores da Susepe, Feldens ressalta que a estrutura do presídio feminino também inclui alojamento para as servidores que vierem trabalhar no local. Para ele, diante do investimento realizado, ficará mais fácil para o governo contribuir com os equipamentos e a alocação de pessoal.
Obra comunitária
Destaque nacional, a construção do presídio feminino foi iniciada em 2015 sem recursos da União ou do Estado. A obra foi erguida com dinheiro de doações, dos municípios abrangidos pela comarca, e verbas de penas alternativas do Judiciário.
Conforme Miguel Feldens, a obra custou cerca de R$ 800 mil. “Se fosse realizado pelo Estado, por meio de licitação, passaria de R$ 3 milhões”, acredita. Segundo ele, a obra também foi concluída em menos tempo do que a média das construções estatais.
O projeto arquitetônico do presídio feminino foi elaborado em 2012. Com capacidade para 72 detentas, o presídiotem nove celas, além de salas de educação, trabalho, saúde, assistência social, alimentação e revista.