Schmidt e Caumo iniciam transição

Lajeado

Schmidt e Caumo iniciam transição

Atual chefe do Executivo recebeu prefeito eleito para debater a troca de governo

Schmidt e Caumo iniciam transição
Lajeado
oktober-2024

O primeiro encontro entre os ex-adversários de campanha, Luís Fernando Schmidt (PT) e Marcelo Caumo (PP), ocorreu na tarde de ontem. Também estavam presentes o atual vice-prefeito, Vilson Jacques, e a vice-prefeita eleita, Glaucia Schumacher. Os quatro discutiram questões referentes ao processo de transição, que será oficializado nos próximos dias.

A reunião inicou às 14h30min no gabinete e durou menos de 30 minutos. A imprensa regional não foi autorizada a acompanhar o encontro. “Acredito que será tranquilo. O prefeito nos apresentou os nomes da comissão que tratará dessa transição”, adianta Caumo. Sobre a primeira conversa pós-eleição, enaltece a cordialidade do encontro.

Já pela manhã, Schmidt e Jacques se reuniram com os atuais secretários municipais. A esses, informaram sobre a designação de duas comissões, uma para tratar da transição, e outra que decidirá sobre o fechamento das contas da atual gestão. O prefeito solicitou que seja feito um levantamento de informações, a serem “repassadas de forma respeitosa, civilizada e transparente.”

Prefeito e vice reiteram, ainda, a necessidade de cortar gastos até dia 31 de dezembro. As secretarias da Fazenda (Sefa) e da Administração (Sead) avaliam a situação financeira e a economia prevista com o turno único, iniciado na segunda-feira, com exceção das áreas da saúde, educação e trânsito.

A expectativa do Executivo é reduzir gastos com menos consumo de água, luz, combustível, manutenção de veículos e vale- transporte, além da redução de servidores em cargos de comissão (CCs) e cancelamentos de funções gratificadas (FGs) pagas a concursados.

Deficit de R$ 8 milhões

De acordo com informações preliminares da Sefa, as contas municipais estão equilibradas. Com relação à arrecadação a menor de impostos, projetada em R$ 8 milhões, o governo cita algumas ações desenvolvidas desde o ano passado, bem como o superávit do ano anterior, como possibilidades para equilibrar as contas de 2016.

O prefeito também demonstra preocupação com as condenações trabalhistas referentes a antigas ações movidas por servidores, que hoje giram em torno de R$ 1,2 milhão, a serem pagos na atual gestão. Segundo ele, “são valores que se somam aos destinados a pagamento por precatórios constantes no orçamento.”

Schmidt também alerta para os atrasos nos repasses de recursos pelos governos federal e estadual. Conforme o atual getor, “providências estão sendo tomadas para receber em torno de R$ 2,5 milhões pendentes do Governo do Estado, a serem destinados basicamente à saúde.” Uma ação é preparada pela assessoria jurídica para cobrar tais valores.

Equipes de transição

O atual governo já definiu a equipe de transição. A função será comandada pela secretária de Administração (Sead), Ana Cristina Mallmann, com auxílio da assessora do prefeito, Juliana Baioco, e do procurador jurídico da prefeitura, Juliano Heisler. A primeira reunião ocorre na segunda-feira, na sede do Executivo.

Além dessa equipe, o governo nomeou uma Comissão de Fechamento de Gestão. Fazem parte dessa o secretário de Governo (Segov), Auri Heisser, a chefe de gabinete da Segov, Andressa Träesel, o assessor jurídico, Edson Kober, e ainda o secretário da Sefa, José Carlos Bullé.

Do outro lado, a equipe montada pelo prefeito eleito, Marcelo Caumo, tem na coordenação o economista, Guilherme Cé, o ex-assessor do deputado estadual – licenciado – Marcel Van Hatten (PP), Renan Pretto, e os advogados Natanael dos Santos e Andréa Brizolara, ambos ligados ao Partido Progressista (PP).

“Amanhã (hoje) iniciaremos os contatos. Vamos buscar informações sobre atrasos no repasse de verbas estaduais e federais, além de outras situações que possam ocasionar problemas no início da próxima gestão”, informa Cé.

Sobre a prometida redução no número de cargos comissionados (CCs), o economista avisa que tal medida deve ser tomada até março, prazo estipulado pela Justiça para mudança nesta legislação. “Vamos manter, no máximo, 120 CCs.” Ele também avisa que três secretarias podem ser extintas ou incorporadas a outras pastas. “A economia pode superar R$ 1,5 milhão por ano”, estima.

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