Centro Oftalmológico de Encantado pode reabrir em dezembro

Vale do Taquari

Centro Oftalmológico de Encantado pode reabrir em dezembro

Liberação depende do fim da obra e de vistoria

Centro Oftalmológico de Encantado pode reabrir em dezembro
Encantado

As obras no Centro Oftalmológico de Encantado estão na última etapa. O local está recebendo um sistema de refrigeração e purificação do ar. O Consisa prevê a conclusão até o início de novembro. Depois disso, o espaço passará pela vistoria da Vigilância Sanitária.

Conforme o secretário-executivo do Consórcio, Nilton Rolante, se todas as adequações forem aprovadas, os trabalhos devem ser retomados em dezembro. O local está fechado desde o fim do ano passado, depois da Vigilância Sanitária apontar a necessidade de adequações para manter a realização de procedimentos cirúrgicos.

Por enquanto, apenas diagnósticos foram feitos e, pelo menos, 2,3 mil pessoas aguardam para passar por cirurgias. “Nossa previsão é iniciar os agendamentos até fim de novembro. O objetivo é retomar os procedimentos em dezembro.”

Segundo Rolante, todas as obras tiveram um custo de pelo menos R$ 140 mil. Ele reconhece que existe a possibilidade de a Vigilância Sanitária indicar novos ajustes. Mas acredita que esta fase faça parte da última etapa e, os trabalhos poderão ser retomados antes do fim do ano.

Para viabilizar as adaptações, foram utilizados recursos oriundos de aplicações financeiras feitas pelo Consórcio. Além do sistema de ar, o prédio precisou de ajustes na estrutura. A sala de recuperação, por exemplo, recebeu divisórias e houve aplicação de gesso nas paredes.

Recursos atrasados

O Consisa aguarda o repasse de R$ 270 mil do Fundo Nacional da Saúde (FNS). Os recursos são referentes a procedimentos feitos desde 2014. No total, os procedimentos realizados e não pagos somavam um débito de R$ 462 mil. Em setembro, a União fez um repasse de R$ 85 mil. A expectativa, de acordo com Rolante, é que até fim do ano mais uma parte do valor seja transferida.

Relembre o caso

O Centro Oftalmológico de Encantado foi denunciado, em fevereiro de 2015, pelo Ministério Público (MP) após 16 pacientes perderem a visão, depois de realizar cirurgia de catarata.

Em dezembro, a vigilância proibiu a realização de novas cirurgias no local. Desde então, diversas vistorias foram realizadas e adequações exigidas.

As investigações apontaram a presença de uma bactéria, causando cegueira nos pacientes. Na época, as autoridades relataram não haver procedimentos operacionais adequados para evitar as infecções. Também foi apontada a falta de equipamentos e materiais básicos para as cirurgias e falhas nos recursos humanos, com poucos profissionais para atender a demanda.

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