Entrega dos imóveis do Minha Casa Minha Vida pode ficar para 2017

Lajeado

Entrega dos imóveis do Minha Casa Minha Vida pode ficar para 2017

Construtora previa término para dezembro, mas vê dificuldade para cumprir prazo

Entrega dos imóveis do Minha Casa Minha Vida pode ficar para 2017
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A construção dos conjunto habitacionais Novo Tempo I e Novo Tempo II avançou cerca de 20% desde novembro do ano passado. Hoje, segundo a empresa ALM Engenharia e Construções, não há previsão para o término dos 448 apartamentos populares, orçados em mais de R$ 27 milhões pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV). A obra iniciou em janeiro de 2014, e estava acordada para ser entregue em julho de 2015.

Ontem, funcionários trabalhavam para finalizar detalhes da infraestrutura interna e externa dos conjuntos localizados entre os bairros Santo Antônio e Jardim do Cedro, próximos ao cemitério municipal da rua Arnoldo Uhry. Na placa indicativa da obra, não constam devidamente expostas as datas de início e término do trabalho.

Conforme informações repassadas pela diretoria da ALM Engenharia e Construções, o atraso na entrega das obras se deve a diversos motivos. O primeiro deles seria a “grande intempérie do ano de 2015, onde o nível de chuvas incorrido foi o mais elevado dos últimos anos, provocando a paralisação das obras em muitos dias”.

Ainda, citam os diretores, o atraso ocorreu devido a não execução da rede elétrica em tempo hábil por parte da concessionária de energia elétrica responsável pela área. Segundo a ALM, em obras pelo programa MCMV, tais obrigações são de responsabilidade das empresas de abastecimento de energia.

Esse atraso não teria permitido que a empresa executasse projetos de infraestrutura interna das obras. Ainda, explica a direção, a rede cloacal e pluvial, e também a pavimentação das ruas aguardavam pela devida colocação dos postes da rede elétrica, recém-executada pela concessionária responsável.

Os diretores também cobram serviços não realizados pelo Executivo, como a finalização das redes cloacal e pluvial públicas, o que teria “impedido as ligações com as redes internas” dos conjuntos habitacionais. Por fim, a direção da ALM atribui o atraso à sequência de furtos e roubos de materiais, “que apesar das medidas de segurança adotadas, foram impossíveis de serem contidos, causando a necessidade de novas compras e a recolocação de peças furtadas”.

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Sem data prevista

A reportagem encaminhou questionamentos para a administração municipal, mas até o fechamento desta edição não houve resposta sobre as previsões de término dos apartamentos populares e tampouco sobre o início da pavimentação da rua Arnoldo Uhry – o capeamento da via é uma condicionante do governo federal para entrega dos imóveis.

Por e-mail, a empresa respondeu apenas que “a entrega das obras estava prevista para o fim deste ano, porém, devido às dificuldades enfrentadas, não podemos precisar uma data exata ainda”. Ainda de acordo com a diretoria da ALM, os serviços apresentam um estágio de conclusão de 89,67% para o Residencial Novo Tempo I, e de 90,51% para o Residencial Novo Tempo II.

Obra do PAC está parada

A pavimentação da rua Arnoldo Uhry faz parte do conjunto de obras contratadas pelo PAC II suspensas a pedido do Ministério Público Federal no início do ano, em função de suposto superfaturamento. Mesmo após a liberação parcial dos recursos pela Justiça Federal, e depois de a câmara aprovar aditivo de R$ 980 mil no contrato para custear possíveis prejuízos, os serviços seguem parados.

Detalhes

O Residencial Novo Tempo I terá 18 blocos com 16 apartamentos cada, em uma área de 19,58 mil metros quadrados localizada no bairro Santo Antônio. O custo desse empreendimento é de R$ 17,2 milhões. Já o residencial Novo Tempo II prevê investimento de R$ 9,6 milhões na edificação de dez prédios com 16 apartamentos cada, também no bairro Santo Antônio, em uma área de 13,71 mil metros quadrados.

A prefeitura gastou outro R$ 1,2 milhão para custear aditivo relacionado ao estacamento da obra. Por contrato, cada imóvel terá 50,76 metros quadrados. São dois quartos, banheiro, área de serviço, sala e cozinha conjugada, e uma vaga de estacionamento para carro. Foram previstas estações de tratamento de esgoto, ponto de coleta de resíduos sólidos e orgânicos, quatro quiosques, salão de festas e quadra de futebol areia.

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