CRIExp desperta negócios

Lajeado

CRIExp desperta negócios

Palestrantes motivam empreendedores a encontrar saídas para problemas sociais

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Movimentar e tirar as pessoas da zona de conforto foi o principal mote das atividades do segundo dia do CRIExp. Os participantes foram instigados em palestras e workshops a encontrar soluções para problemas sociais e de gestão.

A principal característica das atividades foi desafiar os participantes a resolver problemas sociais. Um dos exemplos ocorreu em um workshop em que o grupo foi questionado a encontrar uma nova finalidade para os terminais de orelhões, considerados obsoletos em tempos de mídias digitais.

Para encontrar alternativas, os participantes precisaram sair da sala e circular pelo câmpus da Univates, onde ocorre o evento, e conversar com as pessoas que encontravam. De acordo com a gerente de Marketing da universidade, Diana Di Domenico, as ideias apresentadas foram diversas. “Tinha desde propostas de tornar os orelhões pontos de troca de livros, de doação de roupas, entre outros. Essa exigência para eles saírem da zona de conforto é fundamental.”

Participar das palestras motivou o estudante de Direito Guilherme Schneider Girotto a investir em um negócio. “Fui motivado a vir pelas palestras de empreendedorismo, pois sonho em advogar e isso está bem ligado à profissão.”

De acordo com Girotto, a participação nas palestras ampliou o horizonte do tipo de negócio que pode investir. “As ideias de startups dão uma motivação para criar, inventar. Até mudou a história de ter um escritório, passei a ter vontade de inventar alguma coisa.”

Mesmo sem ter um plano definido, Girotto projeta investir nesse tipo de negócio. “Ainda não consegui montar uma ponte ligando startups advocacia. Por enquanto a ideia é fazer os dois separado.” A lucratividade é o grande atrativo para o estudante. “É um tipo de empresa que tem um grande lucro com investimento baixo. Além disso, as startups são criadas para resolver um problema social.”

Aprender a organizar o trabalho e conquistar clientes foi a motivação da ilustradora Carolina Pereira Reis. Natural de Estrela, mas morando em Porto Alegre, ela destaca a possibilidade de troca de experiências com outros participantes. “O nome Crie já dá uma ideia do que é o evento, e essa possibilidade de trocar ideias foi o que mais me motivou.”

Para Carolina, o foco do CRIExp em empreendedorismo será fundamental para que ela qualifique o trabalho. “Estou tentando ir por mim mesma, então ter ideias de como levar adiante um projeto, não só na teoria, mas colocar em prática, é muito importante.”

Fechando negócios

Com a presença de “publishers“e representantes de empresas de todo país e do exterior, as rodadas de negócios do Dash Games são consideradas um sucesso pelos organizadores. Na sala, desenvolvedores de jogos se encontram com empresários e buscam investimento para viabilizar os projetos.

Para o desenvolvedor de jogos Filipe Pereira, sócio da Game Lab, a troca de experiências direto com os responsáveis pelas empresas de produção garante a qualidade final dos jogos. “Ficamos só desenvolvendo e é difícil ver o processo como um todo. Nessas conversas eles apontam falhas e formas de vender melhor o produto.”

A participação na Dash foi encarada como motivação extra pela equipe de Gonçalves. “Quando temos um evento desses como meta, isso se transforma em incentivo para a equipe toda.” Para participar da rodada de negócios, Pereira viajou de Salvador (BA) para apresentar os projetos da sua empresa.

Encontrar bons negócios é a motivação do publisher da Game Plan, André Faure, para participar do evento. “Você tem empresas do país inteiro que vieram para Lajeado para conversar entre si e entender onde estão as oportunidades de mercado.”

A função de Faure é encontrar bons jogos e articular as estratégias de marketing para vendê-los. “Eu venho aqui para encontrar empresários como o Filipe (Pereira) que estão desenvolvendo jogos interessantes. Eu avalio esses produtos por uma ótica de mercado e ajudo os desenvolvedores a entregar esse produto.”

Desafio desenvolvedores

Os estudantes Rodrigo Warzwzniak, Guilherme Veloso Sehna e Matheus Petrus integram uma das equipes que foi desafiada a criar um jogo com o tema “Ok, temos que ter um plano b.”

A proposta foi apresentada ao grupo no primeiro dia da Dash Games e eles têm até às 10h de hoje para apresentar o resultado. Desde quinta-feira, 6, os três mudaram-se para o complexo esportivo da Univates, onde o Dash Games ocorre.

Sem descanso, o trio de estudantes do curso de jogos digitais da Unisinos, dorme e come próximo aos computadores. O jogo idealizado pelo grupo é do modelo de plataforma onde o jogador precisa fugir dos inimigos de maneira furtiva.

Mesmo com poucas horas de sono e o prazo apertado para desenvolver o jogo, todos estão satisfeitos em participar do desafio. “É a primeira vez que participamos e está sendo muito bom, porque é se expor a risco e sair da zona de conforto”, afirma Warzwzniak.

O Dash é o primeiro evento que o trio participa, e eles mostram-se surpresos com os próprios resultados. “Eu vi que estamos conseguindo fazer algo bom mesmo no começo do curso. Estamos tendo um resultado melhor que esperávamos”, explica Veloso.

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