Tenista André Sá é a atração da 5ª edição da Copa CTC de Tênis

Copa CTC de Tênis

Tenista André Sá é a atração da 5ª edição da Copa CTC de Tênis

Atleta palestra hoje, a partir das 20h. Amanhã participa de jogo festivo contra Felipe Brandão

Tenista André Sá é a atração da 5ª edição da Copa CTC de Tênis
Lajeado

Em 2014, Fernando Meligeni e Orlandinho Luz foram as atrações da Copa CTC de Tênis realizada no Clube Tiro e Caça (CTC), em Lajeado. Em 2016, ano em que completa o centenário, a entidade conta com a presença de um jogador que faz parte da história do tênis brasileiro. O mineiro André Sá, 39, prestigia a 5ª Copa CTC, que inicia hoje. O evento é válido pela 4ª etapa do Super Tênis RS.

Sá já foi 55º do ranking de simples da ATP e 17º no ranking de duplas, no qual esta semana aparece na 55ª colocação.

Ele chega hoje ao RS, vindo de um torneio na China. À noite palestra no Clube Tiro e Caça. Amanhã, por volta das 11h, participa de uma partida exibição contra o tenista Felipe Brandão. “É a primeira vez que estarei na cidade e estou supermotivado para este evento. Poder passar minhas experiências e histórias para tenistas de todas as idades é fantástico. A expectativa é grande”, comenta.

Sobre o torneio

A Copa Tênis CTC, com três dias de duração, reúne 207 tenistas divididos em 16 categorias. O sistema de classificação será por mata-mata. Ao total, os organizadores distribuem cerca de R$ 12 mil, além de troféus e medalhas. Os oito melhores colocados no ranking da 1ª classe ganham a hospedagem no Imperatriz Hotel, apoiador da Copa CTC.

André Sá (à esquerda), que formou dupla com Thomaz Bellucci na Olimpíada do Rio de Janeiro, chega hoje a Lajeado

André Sá (à esquerda), que formou dupla com Thomaz Bellucci na Olimpíada do Rio de Janeiro, chega hoje a Lajeado

“[…]Muita gente adora ser campeã, adora ganhar, mas não gosta de se preparar[…]”

Tenista profissional, André Sá relata em entrevista exclusiva as principais dificuldades que a modalidade enfrenta no Brasil. Também fala um pouco da carreira e dos torneios disputados.

Jorna A Hora – No Brasil não há um planejamento estratégico para a formação de atletas, o resultado disso se viu na Olimpíada. Que tipo de medidas/projetos devem ser implementados para descobrir novos talentos no esporte brasileiro?

André Sá – É uma pergunta complicada. No esporte, principalmente no tênis, a confederação está fazendo um esforço gigante para tentar cobrir esse buraco na formação de atletas, mas não é uma coisa fácil. Na minha visão, o principal foco deve ser o desenvolvimento de professores e treinadores, para esses profissionais inspirarem e ensinarem as crianças os melhores métodos, melhores maneiras de se aprender o esporte. No tênis a gente tem feito isso, a confederação tem o projeto que faz isso, só que é a longo prazo.

Nesta semana a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos anunciou o fim da parceria com a Confederação Brasileira de Tênis. Quais os riscos que isso pode trazer para a modalidade?

Sá – O principal risco é o corte de investimento no infanto-juvenil e o corte de investimento na formação de treinadores, são dois pontos que são os mais importantes. Espero que a confederação consiga dar a volta por cima e encontre outros apoiadores.

No ponto de vista popular, o tênis é visto como um esporte de elite. Em vários setores da sociedade pouco se sabe sobre o esporte. O que fazer para ele se tornar mais popular?

Sá – É outra questão muito delicada. No nosso país, o tênis só pode ser jogado em clubes, então, a gente vê poucas quadras públicas, podemos contar nos dedos quantas têm no Brasil e é isso aí que dificulta muito esporte. Existem também vários outros fatores, o tênis também é um esporte muito difícil. Tecnicamente, para se aprender, você precisa de uma ajuda, precisa de professor nos primeiros anos, e isso também aumenta o custo consideravelmente do esporte, então, fica mais difícil que as classes sociais mais baixas tenham acesso a esse tipo de treinamento. Para popularizar o esporte, temos que tentar colocar o tênis na televisão e nas escolas.

Quais seus conselhos para as pessoas que pretendem seguir carreira no tênis?

Sá – Lógico que o principal é se preparar bem, treinar bem, investir bem o seu tempo na questão de preparação. Muita gente adora ser campeã, adora ganhar, mas muita gente não gosta de se preparar, de treinar, então, isso é principal, ter foco e ter a consciência que você precisa treinar forte para alcançar os objetivos.

Como foi participar da Olimpíada no Rio de Janeiro?

Sá – Foi uma experiência fantástica. Já tinha disputado outros três jogos, mas jogar em casa, com a torcida como estava, com o ambiente fantástico, foi uma experiência totalmente diferente. Acho que dá para comparar um pouco com a Copa Davis, quando jogamos em casa, mas na Olimpíada foi incrível, veio todo mundo para torcer e é um público que não é do tênis, o pessoal queria torcer para o Brasil e isso traz uma energia, uma força diferente. A gente usava essa energia da torcida e era uma sensação incrível, realmente foram dias incríveis na minha carreira.

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