A Liga do Combate ao Câncer de Lajeado lançou a campanha com foco na participação geral da população, tanto mulheres como homens. Atividades como palestras e panfletagens em escolas e empresas ocorrem durante todo o mês.
A entidade realiza eventos para arrecadar fundos em favor dos pacientes oncológicos do Hospital Bruno Born. No mês seguinte, inicia a Campanha Novembro Azul, em prevenção ao câncer de próstata.
Para a presidente da Liga de Combate ao Câncer, Fabiani Delazzeri, 40, a campanha visa quebrar alguns tabus que prejudicam a prevenção como as dificuldades para fazer o autoexame. Mulheres acima dos 60 anos têm mais dificuldade. “Não podem ter medo de se tocar.”
Outro percalço a ser superado diz respeito ao medo do diagnóstico. Afirma que algumas ainda são temerosos à consulta e evitam obter um diagnóstico. “É preciso desmistificar. A prevenção serve para minimizar danos, não só da paciente, mas de toda a família.”
Algumas ações serão intensificadas durante a campanha como rifas, sebo e bazar, exposição de artesanato, leilão de artes e uma novidade: as integrantes participarão de um ensaio fotográfico. Ele será exposto em pontos estratégicos como shopping, área externa da Expovale e Hospital Bruno Born.
O relato de uma vencedora
A dona de casa, Grasiela Lassen, descobriu a doença quando fazia o autoexame. Era em agosto de 2014. “O Outubro Rosa parecia distante, mas a gente dá mais valor quando descobre que faz parte da estatística.”
Afirma que ia consultar com um ginecologista, mas só tinha agenda em um mês. Então foi acompanhando todos os dias a evolução do quadro. “Um dia parei na frente do espelho e comecei a sentir dor e vi que havia mudado de cor. Logo consultei com a mastologista.”
Ela tinha tumor inflamatório. Uma bateria de exames foi feita, bem como de medicamentos para o tratamento. Grasiela conta que era um nódulo inflamado. Precisou iniciar as drenagens para retirar a inflamação e diminuir as dores.
No dia 3 de outubro de 2015, fez a primeira quimioterapia. Lembra dos efeitos. “Por vezes fiquei desanimada, mas nunca perdi a esperança. Mantinha o otimismo.”
Faz cerca de duas semanas recebeu a notícia mais esperada. A médica ligou e avisou que os últimos resultados apontaram que estava livre do câncer. “Não tinha nenhuma metastase, foram retirados todos os linfomas”, recorda.
Para Grasiela, depois dessa experiência, algumas coisa mudaram. Passou a dar mais valor às pequenas coisas. “Vi que a vida fazia muito sentido. Antes a gente se queixava pelo mau tempo. Hoje agradecemos por ter a possibilidade de acordar no outro dia.”
História do movimento
O movimento popular Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo e remete à cor do laço rosa, símbolo da luta contra o câncer de mama. A campanha estimula a participação de toda a população e não só as mulheres. Entidades privadas e públicas fazem parte do movimento, que começou nos Estados Unidos.
A história do Outubro Rosa remonta à última década do século 20, quando o laço cor-de-rosa foi lançado pela Fundação Susan Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990.
Algumas entidades das cidades de Yuba e Lodi, EUA, começaram a organizar ações voltadas à prevenção. O nome Outubro Rosa foi dado em 1997. As ações passaram a ser direcionadas à conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce.
A ação de iluminar de rosa monumentos e prédios públicos, teatros e outros surgiu depois. A popularidade do movimento contribui unindo diversos povos em torno de tão nobre causa. Isso faz a iluminação em rosa assumir importante papel, pois tornou-se uma leitura visual, compreendida em qualquer lugar no mundo.