A vitória da coligação Juntos Podemos (PP/PSDB/PSD/PMN) foi prevista pelas duas pesquisas eleitorais realizadas pelo Instituto Methodus publicadas pelo A Hora em setembro.
No dia 6, o primeiro levantamento mostrou o progressista na liderança, com 30,5% das intenções de voto. Ele estava praticamente empatado com Márcia Scherer, segunda colocada com 28,8%. Atual prefeito, Luís Fernando Schmidt apareceu em terceiro, com 18,8%.
Na segunda pesquisa, publicada no dia 29, Caumo deu um salto de quase 5% nas intenções de voto, alcançando 35% do total. A PMDBista apresentou queda na popularidade mas se manteve em segundo, com 25% das intenções. Luís Fernando Schmidt avançou quase cinco pontos, alcançando 23% do total.
O resultado do pleito de ontem acompanhou a tendência apontada nos dois levantamentos. Caumo se manteve a frente. O percentual alcançado, 43,6%, mostra que o candidato alcançou boa parte dos votos dos cerca de 13% que se declararam indecisos nas duas pesquisas.
Outra tendência confirmada foi a de queda na diferença entre os dois candidatos vencidos pelo progressista. Se no dia 29 o percentual que separava Márcia SchmidT chegava a 2%, nas urnas a diferença ficou em menos de 1%. A propensão era percebida devido a queda nas intenções de voto da candidata do PMDB aliada ao pequeno crescimento do Petista verificado nas duas pesquisas.
Os levantamentos também mostraram um caminho difícil para o candidato à reeleição. Na primeira pesquisa, os índices de rejeição de Luís Fernando Schmidt chegaram a 54,4%. Na segunda, o número de pessoas que manifestou intenção de não votar no Petista caiu para 39%. Mesmo com a queda, o índice continuou o mais alto entre os três candidatos.
Metodologia rígida
De acordo com o diretor do Instituto Methodus, José Carlos Sauer, as pesquisas representam sempre o momento na qual são aplicadas. Ele reafirma a rigidez da metodologia aplicada, com divisões por bairros e áreas de diferentes realidades sócio-econômicas. “É uma ferramenta fundamental para dar correção e precisão aos levantamentos.”
Sauer parabenizou o A Hora pela decisão de publicar as pesquisas. Para ele, a decisão foi corajosa diante do acirramento da campanha. “As críticas são naturais em de um cenário político polarizado. O jornal teve a coragem de acreditar no nosso trabalho.”
Para o diretor-geral do A Hora, Adair Weiss, em uma onde cada agremiação partidária propaga vantagens a seu favor, a relevância de uma pesquisa séria se acentua. Segundo ele, o instrumento evita que o eleitor fique refém de números seletivos apresentados pelas partes interessadas.