MP e Polícia Civil prendem suspeitos de integrar milícia em Encantado

Encantado

MP e Polícia Civil prendem suspeitos de integrar milícia em Encantado

Grupo atuaria para coagir eleitores a votar a favor do candidato do PMDB

MP e Polícia Civil prendem suspeitos de integrar milícia em Encantado
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Pelo menos cinco brigadianos, quatro na ativa e um na reserva, foram presos no fim da tarde de ontem acusados de fazer parte de uma milícia. O grupo atuaria em prol da campanha de Agostinho Orsolin, o Baixinho (PMDB). Além dos cinco, outros seis civis foram detidos acusados de coagir e pressionar eleitores do candidato rival. A promotoria suspeita que um sexto brigadiano esteja envolvido.

Com os 11 foram apreendidas oito armas de fogo, sendo que duas pertencem a Brigada Militar, dois teaser (aparelhos de choque), cassetetes e algemas. A ação foi articulada pelo Ministério Público (MP) em conjunto com a Polícia Civil do município após denúncias vindas da campanha rival.

De acordo com o promotor eleitoral, André Eduardo Schröder Prediger, eles foram detidos no hotel que pertence ao assessor jurídico da campanha de Baixinho, Gustavo Mezzoma. Prediger relata que o próprio Mezzoma interferiu para tentar evitar as detenções. “Quando chegamos ao hotel os funcionários imediatamente chamaram ele, que admitiu ter contratado o grupo para fazer a segurança da campanha.”

A contratação de policiais para realizar serviço fora do expediente é proibida e pode causar a expulsão dos brigadianos da corporação. Para o promotor Prediger, os 11 detedidos compõem umgrupo criminoso. “Eles circularam no centro com armas pesadas a mostra e intimidando a população. É uma milícia com todas as características que vemos nos filmes do Capitão Nascimento.”

Todos os policiais atuam na região metropolitana de Porto Alegre. Em seus depoimentos eles também admitiram ter sido contratados para trabalhar na campanha eleitoral.

Consequências legais

Além do processo administrativo, que pode resultar na expulsão deles da BM, a promotoria ainda deve pedir a abertura de um processo por crime comum. Já a chapa que contratou os serviços do grupo pode ter o registro de candidatura cassado, inviabilizando que o candidato tome posse caso vença a eleição.

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