Carlos da Silva Júnior, 18, foi um dos afetados pela instabilidade no sistema para a emissão de carteiras de trabalho. Na segunda-feira de manhã, ele foi ao Sine de Lajeado, mas teve de voltar à tarde porque o sistema estava fora do ar. “Preciso do documento para me alistar no quartel”, relata o jovem.
O caso de Júnior não é exceção. A agência lajeadense enfrenta problemas para encaminhar a carteira de trabalho faz mais de um mês. O serviço chegou a ser suspenso entre os dias 2 e 5 devido a uma recomendação da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS).
Segundo o coordenador do Sine Lajeado, Oilquer Soares dos Santos, 40, os transtornos com a queda e lentidão do sistema continuam prejudicando o serviço. Ele pede a compreensão dos trabalhadores. “O sistema é de responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Nós estamos na linha de frente e fazendo o melhor possível.”
Mesmo com as dificuldades, Santos destaca que a quantidade de carteiras emitidas se manteve quase igual. “Encaminhamos cerca de 230 documentos a cada mês.” Conforme ele, o prazo para entrega da carteira é de 15 dias.
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Queda no estado chega a 85%
Conforme dados da FGTAS, a média mensal de carteiras de trabalho emitidas por mês chegou a 22,9 mil em 2015. De janeiro a abril, a média recuou 8,2 mil. Em julho foram apenas 3,3 mil documentos – uma diminuição de 85%.
A queda ocorreu devido à instabilidade dos sistemas de tecnologia de informação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Esse alega que o parque tecnológico em Brasília está com problemas.
O novo sistema para emissão das carteiras de trabalho foi implantado em 28 de abril. Desde então, foram pelo menos cinco comunicados de interrupção do serviço.
