Concerto reúne harpa, violão e dança

Lajeado

Concerto reúne harpa, violão e dança

Musicistas se apresentam nesta quinta-feira. Mais de 700 ingressos foram vendidos

Concerto reúne harpa, violão e dança
Lajeado

Em duas apresentações pela cidade, Concerto Harpa e Violão tem uma das bilheterias com ingressos esgotados. Mais de 700 pessoas já garantiram o ingresso para esta quinta-feira, às 20h, no Colégio Alberto Torres. Restam ingressos para o dia 1º, no Centro Comunitário Evangélico.

De acordo com a professora Maria Inês, a harpa, a flauta doce e o tambor são os instrumentos mais antigos da humanidade. Segundo ela, no Brasil os índios guaranis criaram a harpa celta, depois de serem introduzidos à cultura da música.

Por pouco, a harpa não se perdeu com a destruição das reduções jesuíticas. Salvou-se porque muitos fugiram para o norte do estado, onde é hoje o Paraguai. Lá, não havia muita evolução, então por 200 anos os instrumentos ficaram guardados, preservando essa arte.

Tais harpas são tão raras quanto os próprios musicistas, que executam o instrumento. “É difícil encontrar quem saiba tocar.”

O grupo do concerto começou faz 16 anos, quando algumas pessoas quiseram aprimorar a técnica de tocar harpas e violão. Então, Maria Inês resolveu lecionar. Em 2006, iniciaram as primeiras apresentações em locais pontuais da cidade e a frequência dos eventos aumentou.

A história do Concerto Harpa e Violão Inês começou quando um grupo quis aprender violão e passou a fazer aulas com Maria Inês. Eles cresceram em número e qualidade até que resolveram tocar em eventos pela cidade. “Até que um dia tocou o primeiro concerto, em 2005. De lá para cá, já foram mais de 90 apresentações, inclusive em Florianópolis.”

O concerto passou por todas as cidades da região. “Tocamos muito em eventos de universidades, congressos. Já fomos quatros vezes a Santa Cruz do Sul.” O último lugar onde o grupo se apresentou foi Santa Rosa.

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Repertório leve, alegre e irreverente

O grupo toca músicas internacionais e brasileiras, entre elas, músicas do pantanal com o apelo da natureza. “A cada cinco minutos tem uma novidade. Não tem nada de estático”, afirma. Segundo Maria Inês, a mobilidade que existe no palco é o grande diferencial. “Tem muitas trocas de figurino. As pessoas não vão sentar para ouvir um coral parado. Até acho que o nome não deveria ser concerto, mas ‘conserto’, com ‘S’ mesmo”, brinca.

O que caracteriza o espetáculo é o movimento, o colorido, a alegria, a diversificação, mas tem o momento sério: o apelo à sustentabilidade.

A média de idade das integrantes é de 70 anos. Elas se reúnem semanalmente para os ensaios. “O tempo todo flui de uma forma muito boa.” Segundo a professora, há muitas pessoas interessadas em ingressar no grupo, que já soma mais de 40 integrantes. O problema é que só tem uma professora.

Segundo uma das musicistas que tocam harpa e ajudam na coordenação do grupo, Rosângela Soletti, ter sido aluna de Maria Inês aos 13 anos ajudou muito. “Para estudar, deixei meus pais no interior e vim morar com a minha avó na cidade. Comprei minha harpa no Paraguai.”

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