O evento que inspira tanto os expositores e artistas a mostrarem os trabalhos quanto o público a sair de casa completa o primeiro ano. Neste domingo, a partir das 10h, o movimento que pretende ocupar o espaço público de forma democrática promove arte, leitura, brincadeira e diversão.
Nesta edição, conta com a participação da banda Nêga Frida. Durante este primeiro ano, músicos, artistas plásticos, fotógrafos, escultores, pintores e artesãos expuseram o talento e a arte na rua, em um contato dinâmico e direto.
De acordo com a organizadora Lylian Cândido, é também momento de reencontrar amigos, além de apreciar espetáculos ao pôr-do-sol. “Temos, dentro do projeto do AnaE, a Geladeira de Livros, que abriga livros e revistas doados pela comunidade. Qualquer pessoa pode retirar o que lhe agradar, levar pra casa, ler e devolver.”
Durante o evento, haverá rodas de conversa sobre saúde, yoga e oficinas literárias promovidas pelo projeto de extensão Veredas da Linguagem, com a professora Rosiene Haetinger.
Neste ano, o Arte na Escadaria foi contemplado com a montagem de um palco para os músicos que até então se apresentavam no chão. “O trabalho foi do também músico Bitti Horn.”
Ao longo do primeiro ano, grupos de danças como o da professora Sonia Gomes, de Teutônia, mostraram o talento. Projetos de fotografia foram lançados no AnaE, pelo fotógrafo Caco Konzen. No Espaço Criança, coordenado pela Pati Pedote, um lugar para as crianças desenhar, pintar, brincar e ouvir histórias. “Cada vez mais expositores de Estrela e de outras regiões, como Lajeado, Arroio do Meio, Teutônia e até Venâncio Aires, vêm para o AnaE mostrar seu trabalho.”
A organização e coordenação é da Dolores Mussnich, artesã conhecida em Estrela. Dentre os expositores que estarão presentes nesta edição, estão Lima Limão Deliceria, Da Berna – Pasta de Cenoura, Volnei Artes Rústicas, Viva Saúde, Polígrafos Arte, Brechó Desapego, Leila Mandalas e Manoela Alarcon, com o trabalho Cianotipia.
O apoio é do Sesc/Lajeado, Moraes e Maia, Bitti Itamar Horn, Livraria O Paladino, Rádio Univates e Ximango e também de todos os músicos e grupos que se apresentam por amor.
Participam da organização do Arte na Escadaria: Ane Mallmann, Pati Pedote, Dolores Mussnich e Lylian Cândido
Banda promete misturar ritmos
A partir das 17h30min, a banda Nêga Frida mostra que a mistura é saudável aos ouvidos e aos gostos populares. Segundo o fundador, o músico Lucas Brolese, a Nêga Frida foi batizada assim em 2014 para transmitir a característica dos parceiros que atuam. “O nome tem a ver com nossa influência afro e o respeito que temos pela música de raiz africana no mundo todo.”
Por outro lado, a Frida expressa a cultura alemã, embora a logomarca represente outra Frida, aquela que contesta e quebra preconceitos. “A Frida Kahlo de black power abre o espaço do feminino. É uma banda questionadora. A história da nossa música autoral é a música para o corpo e para mente. Não é só pra dançar. É para pensar, refletir.”
De acordo com Brolese, é inspirada no movimento latino-americano da salsa social. Tem letras criticas que dão bons retornos. “Nosso som é rock, soul, reggae, funk e samba, ou a mistura de tudo isso.”
