Campanha direta de arrecadação de recursos deve garantir compra de caminhão auto-bomba-tanque (ABT). A iniciativa do Corpo de Bombeiros Voluntários (CBV) complementa planejamento de qualificação de infraestrutura de combate a incêndio. Para contribuir na reta final da aquisição do veículo, os interessados podem procurar a sede do grupo, no Centro Administrativo. A previsão é que o veículo chegue à cidade no dia 12 de outubro.
Os voluntários intensificaram ações desde o início do ano para renovar a frota. O ABT exigia atenção especial devido à lentidão que prejudicava atendimentos em distâncias longas. A mecânica antiga era outro problema. O veículo é de 1977, foi doado e veio da Alemanha. A capacidade é de 5,5 mil litros de água.
O tanque para 1,5 mil litros, somado à mecânica nova, permite mais agilidade no deslocamento. O veículo antigo deve continuar na corporação e servir como suporte. Outro fator positivo é a quantidade de ferramentas na unidade. O ABT custa R$ 80 mil e deve ser custeado por meio de doações da comunidade e empresas. O presidente do CBV Markyson Marques comemora o engajamento. Até o momento, foram arrecadados R$ 2,5 mil.
Segundo Marques, a meta é audaciosa, mas necessária para o aperfeiçoamento do serviço. “Nós somos segurança pública, e o Estado deveria nos bancar, mas como sabemos da realidade estamos buscando melhorias. Graças a Deus, Teutônia abraçou a causa. Se não reunirmos o dinheiro até outubro, irei com R$ 70 mil até Igrejinha buscar o caminhão”.
Conquistas motivam corporação
Faz 14 anos que o grupo trabalha de forma gratuita para Teutônia, Paverama, Poço das Antas, Imigrante e Westfália. Ao longo do tempo, procuraram estabilidade financeira e organizacional para elevar o patamar do CBV. Hoje são 40 integrantes habilitados ao serviço. Desses, apenas três são remunerados pela realização de treinamentos. A frota de veículos é composta por um ABT, uma unidade de atendimentos, outra equipada com ferramentas e um Fiat Uno para trabalho administrativo.
Em julho a autonomia dos voluntários foi colocada à prova na Assembleia Legislativa. Um projeto de lei queria criar a corporação mista, com bombeiros militares. A competência administrativa ficaria a cargo do Estado que sofre para manter o atendimento em saúde. O grupo temia pela defasagem da infraestrutura, resultando em falta de assistência à população.
Votação de projeto de lei garantiu o trabalho e o desenvolvimento da corporação. Para manter prestando o serviço, devem enviar relatórios de atividades duas vezes por anos. Além disso, têm o compromisso de preparar os integrantes para o serviço.