A Associação Regional de Árbitros (ARA) realiza hoje evento festivo em alusão aos 30 anos de fundação, comemorados no dia 21 de agosto.
Durante o encontro de hoje, serão homenageados ex-presidentes, árbitros e dirigentes esportivos. As homenagens ocorrem a partir das 20h na Sede Social Lothar Johann, no bairro Florestal, em Lajeado.
Conforme o presidente Sérgio Scheibler, 54, a ARA tem cerca de 50 associados de cidades dos vales do Taquari e Rio Pardo. “Cerca de dois anos atrás tivemos até 85 associados. Era um quebra-cabeça para montar a escala de trabalho”.
Neste ano, a entidade atuou em oito municípios – Lajeado, Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Santa Clara do Sul, Roca Sales, Marques de Souza, Progresso e Estrela.
Scheibler, que atua faz dez anos como bandeirinha, escolheu a posição por ter menos concorrência. “Na bandeira vi que teria como fazer algumas finais, e no apito não conseguiria isso em virtude da concorrência, aí preferi o lado assistente.”
O atual presidente entrou na entidade após fazer um curso de arbitragem em Teutônia e seguir os passos do irmão que já atuava na Ara. Para ele, o que mais marca na profissão são as amizades conquistadas ao longo dos anos.
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“Para violência temos que dar cartão vermelho[…]”
Jornal A Hora – Por que é tão difícil renovar o quadro de árbitros?
Sérgio Scheibler – Além de gostar muito, a pessoa tem que conhecer o futebol. Temos muitos casos de ex-atletas profissionais apitando conosco. Além do preparo físico, a pessoa tem que ter muita coragem. Tem que gostar da coisa, pois você tem que largar a família até tarde para se dedicar à arbitragem.
O que fazer para atrair os mais jovens?
Scheibler – Financeiramente é viável. Os valores que pagamos são bons, mas acho que o pessoal não quer se indispor com as pessoas. Temos que saber filtrar as coisas. Dentro do campo, são dois adversários, ninguém é inimigo de ninguém. Posso ter muitos amigos nas duas equipes, mas dentro de campo isso muda.
Nos últimos anos, são recorrentes os casos de agressões a árbitros. O que fazer para inibir isso?
Scheibler – Para violência, temos que dar cartão vermelho tanto dentro como fora de campo. É lamentável em pleno século 21 isso ainda existir. Acredito que muitos casos de agressões vêm de fora, às vezes, o jogo disputado pode ter sido influenciado pela torcida, ou do banco de reservas. Acho que os dirigentes, comissão técnica e capitães das equipes têm que começar por eles para tentar evitar essas situações desagradáveis.