Candidatos a vice prometem atuação efetiva no mandato

Política

Candidatos a vice prometem atuação efetiva no mandato

Manter uma boa relação com o colega de chapa e assumir mais responsabilidades é a tônica do discurso dos três candidatos a vice-prefeito de Lajeado. Mesmo assim, a possibilidade de passarem à oposição em um eventual governo não é descartada…

Candidatos a vice prometem atuação efetiva no mandato
Lajeado

Manter uma boa relação com o colega de chapa e assumir mais responsabilidades é a tônica do discurso dos três candidatos a vice-prefeito de Lajeado. Mesmo assim, a possibilidade de passarem à oposição em um eventual governo não é descartada por Glaucia Schumacher (PP), vice na chapa de Marcelo Caumo (PP), e Renato Worm (PDT), postulante ao cargo na chapa de Márcia Scherer.

O atual vice-prefeito e candidato à reeleição, Vilsinho Jacques (PTB), refuta a ideia de romper relações com Luís Fernando Schmidt (PT).

Em comum, os três defendem que o eleito deverá ser mais atuante no mandato.

Confira a seguir a entrevista concedida ao A Hora.

Glaucia Schumacher (PP)

Aos 42 anos, a advogada e jornalista concorre pela primeira vez

Renato Worm (PDT)

O jornalista de 61 anos também estreia na vida pública neste pleito

Vilsinho Jacques (PT)

Aos 59 anos, o advogado é o candidato mais experiente em eleições

Como será a sua atuação caso a chapa seja eleita?

Glaucia Schumacher (PP) –  Eu quero ser uma vice-prefeita atuante. Eu e o Marcelo (Caumo) conversamos muito, nós temos muita afinidade e queremos governar Lajeado a quatro mãos. Nós temos um projeto, representamos um grupo de pessoas e queremos estar juntos nas decisões. Eu tenho certeza que o Marcelo me quer ao seu lado e não apenas como um suporte.
Para ser atuante, você tem que participar das decisões, então, vamos estar juntos.

Renato Worm (PDT) –  Nós não definimos exatamente como será minha participação, porque não definimos nenhum cargo até agora, não se fala em nomes. Se fala em redução, mas não temos ainda quais secretarias vamos reduzir. Não tem uma definição, a participação vai ser direta, como nós vamos ver depois se lograrmos êxito.

Vilsinho Jacques (PT) – Eu fui um vice-prefeito que esteve todos os dias na prefeitura. Eu deixei a minha profissão para me dedicar à prefeitura e pretendo continuar assim, isso me satisfaz muito poder atender as pessoas. Nós temos essa relação muito estreita, harmoniosa, às vezes divergente, mas sempre num bom nível com respeito mútuo. Eu quero continuar com esse tipo de atuação, muito próximo ao prefeito.

Como avalia a função e relevância do vice no nosso sistema político?

Glaucia (PP) –  Acho que a função do vice é cada vez mais importante, até porque quando o eleitor vota ele escolhe o principal e o vice, ele já sabe quem vai substituir e vai estar ao lado do prefeito. Por isso, eu acho que a atuação tem de ser forte, porque ele está escolhendo a dupla.

Worm (PDT) – Até pouco tempo atrás, eu via que o vice não deveria interferir muito, podia sim, ao ser chamado a colaborar, ajudar nas decisões, mas não estar o tempo todo no conjunto. Hoje já vejo de uma forma um pouco diferente, ele tem que participar mesmo que não em um cargo definido, mas nas decisões, nos conselhos. Então vejo como muito importante a participação direta do vice.

Jacques (PT) – Tirando o papel constitucional de representar o prefeito na sua ausência, eu penso que posso e quero influenciar mais, colocar mais o meu pensamento nas ações que o prefeito vá desenvolver. Eu quero um relacionamento ainda maior, uma discussão e uma oportunidade de participar mais. O protagonismo é do prefeito, eu não me considero protagonista, talvez quem sabe um dia. Mas eu quero estar ao lado para discutir questões mais polêmicas.

Temos alguns casos em que a relação entre vice e cabeça de chapa era extremamente conflituosa. Qual será sua postura em eventuais conflitos?

Glaucia (PP) – Isso acontece quando duas pessoas se unem apenas para ganhar uma eleição, quando não tem um projeto definido. Quando os dois caminham no mesmo sentido, isso dificilmente acontece. Claro que, se um dos dois se desviar do projeto, outro terá de seguir o caminho. Se ele desviar, com certeza eu iria chamá-lo para uma conversa e, se ele não seguisse o projeto, eu não iria permitir sair do meu ideal de cidade só para manter uma chapa.

Worm (PDT) – Cada caso é um caso, não podemos trazer para Lajeado, pois são distintos. Agora, eu afirmo categoricamente, se o que nos comprometermos não for posto em execução, eu sou sim oposição. Porque nós fizemos juntos um plano de governo, pensamos Lajeado de uma maneira diferente, tudo foi de comum acordo e estamos mostrando para a população um novo projeto e que é possível.

Jacques (PT) –  Esses casos são emblemáticos e eles vão ao encontro do que eu disse antes, quem saiu perdendo com tudo isso foi a população. Porque uma briga entre essas duas lideranças não convém e faz com que o município perca. Eu não acredito que isso possa acontecer porque eu e o Luís Fernando temos em primeiro lugar respeito um pelo outro. Jamais eu vou agredi-lo no seu pensamento eu respeito e tenho o meu.

Como é e como deverá ser a sua relação com o prefeito (a) caso sejam eleitos?

Glaucia (PP) – Muito tranquila, porque eu e o Marcelo já temos uma amizade de longa data, eu acredito que isso facilita a convivência. Já trabalhamos juntos, atuando em prefeituras, então, com certeza isso facilita o diálogo e nós temos um projeto em comum. Então nós dois sabemos onde queremos chegar, então, será uma dobradinha bem tranquila.

Worm (PDT) –  Eu acredito, pelo que conheço a Márcia, pela convivência que temos, que deve ser um relacionamento muito bom. Quero acreditar que não teremos problema nenhum, muito pelo contrário, porque meu objetivo vai ser o de ajudá-la. E ela vai querer, certamente, essa colaboração, essa parceria. Então, vejo que nós estamos até aqui muito bem afinados.

Jacques (PT) – Eu e o Luís Fernando, e as pessoas sabem disso, temos uma grande proximidade e harmonia. E não posso entender nada diferente disso, um prefeito e um vice não tenham essa convivência harmoniosa porque esse tipo de relacionamento beneficia a administração e o município. A minha convivência com ele continuará sendo a melhor possível no intuito de buscarmos resolver os problemas da cidade.

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