Eu Curto Artesanato

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Eu Curto Artesanato

A prática milenar do artesanato faz parte da cultura brasileira e revela as tradições e características de cada região. Essa forma de arte se modernizou ao longo dos anos e agora recebe influências da cultura pop. Assim é o trabalho…

Eu Curto Artesanato
Vale do Taquari

A prática milenar do artesanato faz parte da cultura brasileira e revela as tradições e características de cada região. Essa forma de arte se modernizou ao longo dos anos e agora recebe influências da cultura pop. Assim é o trabalho da lajeadense Fernanda Marmitt, 31, estagiária na Univates. Sua empresa, Lhama Que Trama, oferece trabalho que foge do tradicional. Com inspiração em filmes, jogos e celebridades, seus bonecos, almofadas e chaveiros recebem formas que não se espera encontrar em crochê.

Por que pratica?

Sempre fui uma pessoa muito criativa e quando produzo minhas peças a imaginação trabalha “a mil por hora”. Não deixa de ser uma válvula de escape. No momento de criação, nos desligamos um pouco da realidade. Ao fazer uma peça para uma criança, por exemplo, eu penso na infância, nas coisas boas da vida, na pureza e alegria que os pequenos têm. Isso deixa meus dias um pouco mais leves.

O que proporciona?

Procuro sempre prestigiar eventos na temática do artesanato e, quando possível, participar também. Até em outros municípios da região e na capital. Não somente pela venda e divulgação do meu trabalho, mas para conhecer pessoas com os mesmos interesses e fazer novos amigos. É interessante perceber que as pessoas não veem mais o artesanal como aquele estereótipo de “xale da vovó” e sim como uma coisa que pode ser moderna.

Como iniciou a atividade?

Quando tinha 8 anos, minha madrinha me ensinou a bordar ponto-cruz. Minha mãe sempre foi “tricoteira” dedicada, e eu via ela fazendo blusões e peças lindas e exclusivas para a família toda. Não demorou muito para me interessar pela técnica. O gosto pelo crochê veio depois dos 20 anos e hoje é o mais trabalhado nas minhas peças.

Como concilia com a rotina?

Eu trabalho e estudo, então, sobra pouco tempo para o artesanato. Produzo bastante à noite, quando volto da aula, e em fins de semana. É necessário conciliar com o chimarrão com a família e os cadernos da faculdade. Para todo lugar que vou, levo uma sacola com algum artesanato em andamento.

Aconselharia outras pessoas a praticar também? Por quê?

Super aconselho. É muito gratificante ver as pessoas elogiando seu trabalho. Por fazer um artesanato muito voltado às crianças, é delas que recebo os elogios mais lindos e sinceros. Para quem quer começar, a dica é ter paciência. Nem sempre as peças saem como se imagina logo na primeira tentativa. Para ter a “mão firme”, são necessários anos de prática. Mas nem tudo são flores no artesanato. Muitos não se dão conta de que os bonecos não são feitos em máquina, e sim teve a “receita” desenvolvida por uma pessoa que se dedicou aquilo.

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