O terreno que abrigava cachorros acolhidos pela Associação de Proteção aos Animais São Francisco de Assis (Apasfa), no bairro Centenário, não pode mais ser usado para esse fim. O proprietário das terras chegou a cortar o fornecimento de água dos animais para obrigar os voluntários a retirará-los do local.
A entidade utilizou o terreno durante 13 anos. Conforme a bioterapeuta e voluntária Maria Izabel da Silva, a associação criada para encaminhar denúncias de maus-tratos não tinha a intenção de recolher cachorros abandonados, mas se viu obrigada após muitos deles terem sido largados próximo da instituição.
De acordo com ela, o proprietário havia avisado que não queria mais o canil, mas não havia outro local para remoção. Então, o dono das terras cortou a mangueira que levava água para o local. “Fomos obrigados a recorrer à ajuda de voluntários. Doaram água mineral que não pode ser mais consumida por humanos, mas pode ser bebida sem problemas pelos cães.”
Hoje restam cerca de dez cachorros no local. Segundo Maria Izabel, os outros foram distribuídos em três casas de voluntários pela cidade. Na residência dela, estão cerca de 30. Ela pretende construir casinhas, mas não tem condições financeiras. Agora, as doações são fundamentais.
Necessidades maiores
Maria Izabel afirma que aguardou durante quase cinco anos o apoio do poder público, que chegou a prometer outro espaço, mas nunca se confirmou. Hoje, depende da boa vontade das doações. Um dos maiores problemas é o frete e a mão de obra. “Quando doam, precisamos ir buscar. Gastei agora no transporte R$ 120. Não temos para onde recorrer.”
A voluntária diz que tem filhotes doentes e carece de atendimento veterinário e de remédios. “Os cachorros velhos ninguém quer adotar.” As principais necessidades são ração, madeira, lajes de pedra, medicamentos e pessoas dispostas a ajudar no frete e na mão de obra. Para ajudar com doações é preciso ligar ou mandar mensagem via Whatsapp ao 9836-1591.
