PT aponta acertos, mesmo diante da crise

Lajeado

PT aponta acertos, mesmo diante da crise

Schmidt e Jacques destacam projetos realizados, apesar da queda nos repasses

PT aponta acertos, mesmo diante da crise
Lajeado

Os atuais gestores municipais foram os últimos a participar das sabatinas das entidades empresariais. Ontem, Luís Fernando Schmidt e Vilson Jacques, da coligação Lajeado no Rumo Certo (PT/PTB/PSC/PR/PSB/PPL/PV/PC do B) responderam aos questionamentos na Acil.

Nos 20 minutos iniciais do evento, os candidatos trataram sobre a atuação durante o governo. Jacques abriu a explanação falando sobre a relação harmoniosa com Schmidt e projetos realizados por meio do consenso.

“Vamos deixar como herança projetos como o que obriga a instalação de infraestrutura em novos loteamentos”, afirma. Em sua fala, Schmidt apontou as dificuldades para governar durante a crise econômica. Segundo ele, a administração enfrentou os quatro piores anos das últimas duas décadas.

Conforme o candidato, a atual gestão enfrentou problemas herdados do governo anterior, como um Parque de Máquinas sucateado.

De acordo com ele, mais de 2,8 milhões foram investidos para recuperar a estrutura. “Encontramos uma prefeitura tão desorganizada que as contas de 2011 e 2012 foram reprovadas no TCE.”

O evento começou na terça-feira, com os candidatos da coligação Juntos Podemos (PP/PMN/PSDB/PSD), Marcelo Caumo e Glaucia Schumacher. No dia seguinte, foi Márcia Scherer e Renato Worm, da coligação Um Novo Caminho Seguro para Lajeado (PMDB/PDT/REDE/PPS/DEM).

1 – Giraldo Sandri – Sindilojas

Qual a proposta de combate ao comércio ilegal?

Schmidt – O número de estrangeiros desempregados fez com que tivéssemos essa incidência. Frequentemente incidimos sobre o tema, mas é necessário apoio da Brigada Militar, que tem um efetivo pequeno e nem sempre consegue ajudar os fiscais. Nesse sentido, coibimos as feiras itinerantes como a de Ibitinga.


2 – Roberto Jachetti – Sinduscom

Qual a possibilidade de implantar um sistema para aprovar projetos e modernizar o plano diretor?

Schmidt – Aceleramos a aprovação de projetos na Secretaria de Planejamento, mas ainda não temos um número ideal de servidores. Vamos licitar uma empresa privada para que ela auxilie nisso. No Meio Ambiente avançamos muito com o concurso público. O Plano Diretor será executado no próximo período e temos recursos disponíveis.


3 – Maurício Lohmann – Crea

O governo eleito pensa em utilizar-se de forma mais efetiva de entidades técnicas como o Crea e Seavat?

Schmidt – Precisamos dessas parcerias pela qualificação dos profissionais de entidades organizadas. Está em andamento o novo plano urbanístico de mobilidade urbana. Existe viabilidade legal e vontade de trabalhar em conjunto. Vamos, imediatamente, colocar a proposta para a Secretaria de Planejamento.


4 – André Borelli – Seavat

Quais ações previstas para mobilidade urbana?

Schmidt – Uma é a lei dos loteamentos. A cidade de Lajeado se desenvolve muito por ser dividida pela BR-386 e a ERS-130, mas isso também é um problema. Dei a ideia do Dnit onde cada prefeitura desse opinião técnica sobre onde deve ter elevada ou túnel. Nesse sentido, conseguimos inserir no projeto executivo da BR-386 a construção de uma terceira ponte entre Lajeado e Estrela.


5 – Guilherme Andrade – JCI

A JCI realiza uma série de projetos em benefício da comunidade. Quais ferramentas serão disponibilizadas pelo governo para a continuidade desse trabalho?

Schmidt – Não podemos deixar de ser parceiros. Sem entidades como a JCI e outras instituições, a prefeitura não teria condições de fazer 50% das ações sociais que realiza. Um exemplo é a construção do presídio feminino em parceria com a Alsepro. A primeira ferramenta para isso é o diálogo.


6 – Gerson Diehl – Sincovat

Vocês têm alguma estratégia para melhorar as inscrições, alterações e baixas de empresas?

Schmidt – Tivemos avanços com a nota fiscal eletrônica e na emissão dos alvarás. No caso das baixas, o TCE apontou que alguns poucos empreendedores ficavam com o alvará em mãos mesmo dando baixa na empresa, e continuavam operando sem recolher tributos. Por isso a exigência de entregar o alvará. Temos que encontrar formas de agilizar dentro da legalidade.


7 – Heinz Rockenbach – CDL

Os titulares das secretarias serão profissionais avalizados pelas entidades representativas ou estão reservados para os representantes da coligação?

Schmidt – Procuramos aliar a questão técnica e política na gestão. Temos secretarias cujos titulares não têm partido político, outros ligados ao PP, assim como a maioria dos FGs no Planejamento. Ao fim do período eleitoral, nos indiquem nomes.


8 – Dani Petry – Alsepro

Quais as propostas para atuar no controle da criminalidade e na colaboração com os órgãos de segurança?

Schmidt – Temos as câmeras de videomonitoramento. São 20 instaladas e vamos continuar com parcerias com a iniciativa privada. Vamos manter e ampliar o convênio com a Alsepro. A Guarda Municipal vai dependerá. Em Bento Gonçalves, fizeram projeto, aprovaram na câmara, mas não teve orçamento. Não dá para prometer o que não podemos cumprir.


9 – Alessandra Glufke – OAB

Qual a maior qualidade e o maior problema de Lajeado?

Schmidt – O grande mérito é o empreendedorismo. Guardamos uma cultura oriunda da agricultura familiar e dos nossos antepassados. O grande gargalo é a infraestrutura, incapaz de comportar o que significa a ERS-130, a BR-386, a grande densidade populacional e de veículos do município. Dentro disso, temos impactos em áreas como o saneamento básico e a segurança.


10 – Adriano Strassburger – Observatório Social

Qual a proposta para reiniciarmos um projeto como o Lajeado do século XXI?

Schmidt – Nós precisamos projetar o futuro, com políticas de estado e não de governo. Está aí a lei dos loteamentos e outros projetos iniciados em governos anteriores que continuamos. A política às vezes atrapalha. Perdemos R$ 4 milhões em asfalto, porque é ano eleitoral.


11 – Gilmar Neitzke – CIC-VT

Qual a visão e principais ações para o desenvolvimento regional?

Schmidt – Lajeado tem um protagonismo natural. Somos maiores, com uma economia, geração de emprego e renda pujantes. Temos o HBB e a Univates como referência. Mas isso pode ser intensificado. Temos um problema, sim, de representação política. Mas na hora, apresentamos 70 candidatos a deputado federal e estadual.


12 – Miguel Arenhart – Acil

Qual o planejamento para fomentar o crescimento econômico com as limitações de território da cidade?

Schmidt – Nós introduzimos a lei da inovação, com apoio da Univates. É o símbolo de parceria público-privada permanente. Queríamos instalar duas empresas privadas de tecnologia perto da Univates, os moradores não quiseram e os vereadores vetaram. Não tínhamos cem hectares para a fábrica de cerveja da Fruki, mas incentivamos Docile, Imec e outras.

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