Candidatos da coligação Um Novo Caminho Seguro para Lajeado (PMDB/PDT/REDE/PPS/DEM), Márcia Scherer e Renato Worm foram sabatinados pelas associações empresarias ontem.
Durante os 20 minutos de apresentação antes da rodada de perguntas, Márcia e Worm falaram sobre suas vidas profissionais e os motivos para ingressarem na política. Ambos disseram ter aceitado o desafio para mudar os paradigmas da gestão municipal. “Os políticos tradicionais não tem mais merecido crédito”, afirma Márcia.
A postulante a prefeita também falou sobre a principal plataforma da coligação, a criação da Guarda Municipal. Segundo Márcia, hoje o município investe 0,4% do orçamento com a segurança pública.
Em seguida, temas como planejamento urbano, parcerias institucionais, comércio irregular, morosidade dos processos administrativos e desenvolvimento regional foram abordados por 12 representantes das entidades empresariais.
Márcia e Renato foram a segunda chapa a passar por questionamentos do setor. Na terça-feira, os candidatos da coligação Juntos Podemos (PP/ PMN/PSDB/PSD), Marcelo Caumo e Glaucia Schumacher, participaram da sabatina. Hoje é a vez dos candidatos Luís Fernando Schmidt e Vilson Jacques, da coligação Lajeado no Rumo Certo (PT/PTB/PSC/PR/PSB/PPL/PV/PC do B).
1 – Giraldo Sandri – Sindilojas
“Qual a proposta de combate ao comércio ilegal?”
Márcia – Temos falhas administrativas e de fiscalização. A lei deve ser cumprida. Se não, vamos questionar. A Guarda Municipal terá poder de polícia administrativa. Agora, crime é crime. Em algum lugar a coisa está falhando. Temos que avaliar a questão dos estrangeiros. O município precisa de políticas para essas pessoas.
2 – Roberto Jachetti – Sinduscom
“Qual a possibilidade de implantar um sistema de aprovação simplificada e modernizar o plano diretor?”
Márcia – Lajeado tem sido o pior local do Brasil para aprovação de projetos e não pode ficar assim. Vamos implantar um sistema de acompanhamento on line. No Estado, não há mais processo físico. Nossa proposta é que os projetos sejam aprovados em no máximo 30 dias. Os simples em dois ou três dias.
3 – Maurício Lohmann – CREA
“O governo eleito pensa em utilizar-se de forma mais efetiva de entidades técnicas como o Crea e Seavat?”
Márcia – Fico feliz que as entidades queiram participar. Sabemos o grande corpo de profissionais que o Crea dispõem e temos que rever nosso plano diretor. Vocês estão nos sabatinando, mas também estão se comprometendo. Vamos trocar ideias. Se hoje os projetos travam no elemento humano, precisamos de gestão.
4 – Marco Antônio Bruch – Seavat
“Quais ações previstas para mobilidade urbana?”
Márcia – Vamos construir um plano diretor com regras claras. Hoje, não temos uma Lajeado planejada. O plano de mobilidade urbano já deveria estar pronto. Pela legislação, se deve privilegiar o transporte público e alternativo, mas vamos pensar juntos. Vamos brigar pela duplicação da BR-386, pelos acessos aos bairros, e pela duplicação da ERS-130.
5 – Marina Lanius – JCI
A JCI realiza uma série de projetos em benefício da comunidade. Quais as ferramentas serão disponibilizadas pelo governo para a continuidade desse trabalho?
Márcia – A gente deve dar força para a criatividade das lideranças jovens. O trabalho de proteção à vítima da JCI é muito importante, assim como a proposta com os jovens em situação de risco. Não são programas caros, mas são efetivos e o município apoiará essas propostas.
6 – Jandir Dickel – Sinconvat
“Vocês tem alguma estratégia para melhorar as inscrições, alterações e baixas de empresas em Lajeado?”
Márcia – Tem que fazer a coisa andar. Hoje, para baixar uma empresa, a prefeitura quer que junte um alvará, se não houver o município multa. Mas, no mesmo sistema é possível imprimir o alvará. Isso é ridículo. Não podemos criar obstáculos desnecessários.
7 – Heiz Rochemback – CDL
“Os titulares das secretarias serão profissionais avalizados pelas entidades representativas ou estão reservados para os representantes da coligação?”
Márcia – Nossas secretarias não estão loteadas. Fui chamada para ser candidata para limpar essa coisa e ser um novo caminho seguro para Lajeado. Será um grande desafio e faço um desafio para vocês: nos apresentem nomes.
8 – Léo Katz – Alsepro
Quais as propostas para atuar no controle da criminalidade e na colaboração com os órgãos de segurança?
Márcia – O futuro é o município assumir cada vez mais a segurança pública junto com Brigada Militar e Polícia Civil. A Guarda Municipal não terá a mesma atribuição da BM. Vai intervir no entorno das escolas, auxiliando as professoras a conter a violência escolar. Temos que cuidar da população que sai do presídio pois 8 de 10 voltam ao crime.
9 – Alessandra Glufke – OAB
“Qual a maior qualidade e o maior problema de Lajeado?”
Márcia – A coisa mais bonita de Lajeado são as pessoas. Tem bairros que em cada esquina tem um jovem empreendedor e pessoas que contribuem para uma cidade melhor. Nossa proposta é conseguir que todas as escolas municipais tenham turno integral para nossa gurizada não ficar na rua. Também não posso mais ver mães chorando por falta de vaga em creche.
10 – Adriano Strassburger – Observatório Social
Qual a proposta para reiniciarmos um projeto como o Lajeado do século XXI?
Márcia – Penso que para sermos mais efetivos temos que converter o projeto em lei. Outra coisa é o planejamento como um todo que deve entrar se queremos aumentar a nossa densidade demográfica ou se vamos procurar estagnar a nossa população? Precisamos planejar Lajeado, pois a cidade não está sendo pensada.
11 – Henrique Purper – CIC-VT
Qual a visão e principais ações para o desenvolvimento regional?
Márcia – Lajeado se fecha muito para algumas coisas. O plano de mobilidade será ideal se envolvermos a região na discussão. Perdemos o protagonismo para outros municípios. Lajeado tem que ser diferente, não pode ser conhecida nas páginas da polícia ou por problemas de desvio de recurso público.
12 – Miguel Arenhart – Acil
Qual o planejamento para fomentar o crescimento econômico com as limitações de território da cidade?
Márcia – Devemos trazer grandes empresas que de supetão contratam 2 mil funcionários? Tem que pensar em creche, segurança pública, área para morar e saneamento. Eu penso em desenvolvimento endógeno, das pessoas e empresas que estão aqui instaladas. Esse é nosso compromisso.