Uma série de atividades marcam os 25 anos de ordenação episcopal do bispo Paulo Antônio de Conto, 73. A partir das 10h deste domingo, ele retorna à cidade natal para a celebração eucarística em ação de graças em Jacarezinho. O evento conta com missa e almoço.
Foi na localidade, nas décadas de 40 e 50, que o interesse de Conto pelo sacerdócio despertou. “Desde pequeno, sempre pensei em ser padre. Até brincava de rezar missa lá”, relata o quarto filho do casal Pio Luiz de Conto e Rosina Pretto de Conto.
Com 11 anos, Conto foi para o Seminário Sagrado Coração de Jesus, de Arroio do Meio. Cursou o Ensino Médio no Seminário São José, de Gravataí, e fez a faculdade de Filosofia e Teologia no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição. Durante oito meses, ele participou de um curso de espiritualidade em Roma.
No dia 13 de julho de 1968, ele foi ordenado padre pelo bispo Alberto Etges e começou a exercer as atividades em Encantado. Passou ainda por Rio Pardo, Pantano Grande, Santa Cruz do Sul e Porto Alegre, onde ocupou os cargos de vigário, pároco e reitor.
O mesmo Etges fez a ordenação episcopal de Conto no dia 15 de setembro de 1991. Com o lema “Meu viver é Cristo”, ele foi transferido para a diocese de São Luís de Cáceres (MT). “O fato de um simples padre ser elevado ao cargo de sucessor dos apóstolos é muito marcante.”
Em 1998, Conto foi escolhido pelo papa João Paulo II para ser o primeiro bispo na recém-criada Diocese de Criciúma (SC). Depois de dez anos, foi transferido para a Diocese de Montenegro, onde permanece até hoje.
Série de celebrações
As comemorações dos 25 anos de ordenação episcopal iniciaram no primeiro fim de semana do mês, quando Conto celebrou missa na Catedral São José, em Criciúma. Também se encontrou com padres e seminaristas no Seminário Diocesano Nossa Senhora de Caravaggio, em Nova Veneza (SC).
A partir das 19h de hoje, o bispo festeja a data com missa na Catedral São João Batista, de Montenegro. Os festejos terminam em outubro com duas visitas a Santa Cruz do Sul e Pantano Grande.
“Sempre pensei em ser padre”
A Hora – Quais os motivos que o levaram a ser padre?
Bispo Pedro de Conto – Desde pequeno, sempre pensei em ser padre. Até brincava de rezar missa lá em Jacarezinho. Quando ia na igreja, olhava muito para o padre e achava aquilo interessante.
Dentro de mim foi amadurecendo esse pensamento de ser padre. Ainda na infância, fui para o seminário de Arroio do Meio. Lá permaneci dois anos. Depois, Gravataí, mais seis anos, e depois Viamão, onde conclui os estudos em 1968.
Quais os aprendizados que adquiriu nestes 25 anos de ordenação?
Bispo – Aprendi a importância de sempre estar junto dos padres e do povo e realizar as atividades com dedicação, humildade e simplicidade. Nunca me subiu à cabeça o poder de bispo. Sempre foi importante não parecer, mas ser. Na humildade, o ser sacerdote com o cargo de bispo.
Cite os momentos marcantes.
Bispo – Por onde passei, deixei marcas. Em Mato Grosso, ajudei a construir o campo pastoral e um seminário. Quando fui transferido para Criciúma, ajudei a construir três seminários, casa para idosos, curia diocesana e uma livraria diocesana, além de uma casa para a assistência social e atendimento aos pobres.
Atrás de todas essas obras está o plano da pastoral, as atividades pastorais junto com o povo e minha integração com a diocese. Hoje, coordeno 30 paróquias e cerca de 400 comunidades.