As entidades empresariais iniciaram ontem a sabatina com os postulantes ao Executivo. Marcelo Caumo e Glaucia Schumacher, da coligação Juntos Podemos (PP/PMN/PSDB/PSD), responderam a questões elaboradas por representantes das entidades de classe em evento no auditório da Acil.
Antes dos questionamentos, os progressistas tiveram 20 minutos para apresentar o plano de governo e demonstraram entrosamento ao comentar os assuntos referentes à gestão municipal. Um dos temas abordados foi a viabilidade de criação da guarda municipal. Caumo se disse simpático à ideia, mas ressaltou a necessidade de uma análise financeira.
“Pelos dados que temos, o município não tem condições de instalar a guarda municipal neste momento”, afirma. Segundo ele, vários municípios do mesmo porte de Lajeado tiveram problemas com a criação, cujo custo pode chegar a R$ 5 milhões por ano para cinco equipes com dois agentes.
Após a apresentação, os representantes das entidades questionaram sobre comércio, mobilidade urbana, agilidade na administração e desenvolvimento regional. Hoje, o evento será com Márcia Scherer e Renato Worm, pelo Um Novo Caminho Seguro para Lajeado (PMDB/PDT/REDE/PPS/DEM). Amanhã falam Luís Fernando Schmidt e Vilson Jacques, da coligação Lajeado no Rumo Certo (PT/PTB/PSC/PR/PSB/PPL/PV/PC do B).
1 – Giraldo Sandri – Sindilojas
Qual a proposta de combate ao comércio ilegal?
Caumo – Lajeado tem um Código de Postura que estabelece os locais onde este tipo de comércio pode ocorrer. Veda ambulantes na Júlio de Castilhos. A prefeitura deve agir. Temos que redirecionar os serviços da nossa vigilância sanitária, muito preocupada com os estabelecimentos constituídos e pouco com os ambulantes. Vamos reorganizar a jornada de trabalho dos fiscais para melhorar a eficiência.
2 – Roberto Jachetti – Sinduscom
Qual a possibilidade de implantar um sistema para aprovação simplificada de projetos e modernização do Plano Diretor?
Caumo – Temos que unificar a legislação para aprovação dos projetos do Planejamento com o Meio Ambiente. O Plano Diretor demanda estudo, participação da comunidade e das entidades. Não dá para fazer audiência pública a cada mês para alterar o Plano.
3 – Daniel Bergesch – Crea
Pensa em se utilizar de forma mais efetiva de entidades técnicas como o Crea e Seavat no planejamento do município?
Caumo – As parcerias são fundamentais para o desenvolvimento. A própria alteração do Plano Diretor, com regras mais rígidas, depende de cada uma dessas entidades. A mesma coisa quanto às regras construtivas. Temos o compromisso de acelerar a aprovação dos projetos. Nada melhor do que reunir as entidades para definir as regras.
4 – Marco Antônio Bruch – Seavat
Quais ações previstas para mobilidade urbana?
Caumo – Uma é a abertura da Décio Martins Costa até a Osvaldo Aranha e a interligação com a BR-386. Outra é o túnel de Conventos, necessário diante do crescimento da cidade, da mesma forma que a abertura da Benjamin Constant até o trecho de Santa Clara do Sul. Essas são para os próximos quatro anos, mas teremos uma equipe para planejar obras de médio e longo prazo.
5 – Marina Lanius – JCI
A JCI realiza uma série de projetos em benefício da comunidade. Quais ferramentas serão disponibilizadas pelo governo para a continuidade desse trabalho?
Glaucia – Fui integrante da Câmara Júnior da década de 90 e com certeza seremos parceiros. Não vamos desconstruir o que um governo construiu. O que está dando certo tem que continuar. Eu desconheço a participação efetiva do poder público nessas parcerias, mas vamos sentar e avaliar.
6 – Rui Mallmann – Sincovat
Vocês tem alguma estratégia para melhorar as inscrições, alterações e baixas de empresas em Lajeado?
Glaucia – A Redesim facilitou a abertura. A ideia é também agilizar as alterações e baixas. Podemos rever a lei municipal caso haja entraves, mas não questões relativas às leis estaduais e federais.
7 – Heinz Rockenbach – CDL
Os titulares das secretarias serão profissionais avalizados pelas entidades representativas ou estão reservados para os representantes da coligação?
Caumo – Não vamos dividir secretarias ou cargos por partidos. Nossa candidatura não tem compromisso com partidos, mas precisamos de um equilíbrio. Não adianta escolhermos apenas técnicos ou só políticos. Em secretarias como Segurança, Educação e Saúde, nosso compromisso é que sejam pessoas técnicas.
8 – Dani Petry – Alsepro
Quais as propostas para atuar no controle da criminalidade e na colaboração com os órgãos de egurança?
Caumo – Temos um plano de segurança com ações com diretrizes e forma de execução. Precisamos de um secretário que saiba usar esse plano, que tenha atuação e experiência na área para implementar as políticas. Antes da implementação, temos que levar o plano ao conhecimento da comunidade.
9 – Alessandra Glufke – OAB
Qual a maior qualidade e o maior problema de Lajeado?
Caumo – A principal qualidade é a miscigenação de culturas. Principais problemas são saúde, educação e segurança, por isso, são áreas prioritárias no nosso projeto de governo. Na educação, problema é a falta de vagas em creches. Temos condição de dar um salto de qualidade na saúde em parceria com HBB e Univates.
10 – Adriano Strassburger – Observatório Social
Qual a proposta para reiniciarmos um projeto como o Lajeado do século XXI?
Caumo – Nosso projeto inclui ações de curto, médio e longo prazo. Os acertos desse governo não serão desconsiderados, precisam permanecer, e os erros devem ser corrigidos. A Agenda 2020 será seguida. Vamos firmar parcerias e manter discussões com a comunidade em qualquer área.
11 – Ito Lanius – CIC-VT
Qual a visão e principais ações para o desenvolvimento regional?
Caumo – O protagonismo regional é fundamental. O prefeito de Lajeado tem um papel preponderante nesses desafios. Nosso Consisa está sendo subutilizado. Depende de uma ação forte do município para que funcione. Temos a regionalização da saúde e a duplicação da ERS-130 e da BR-386 que merecem uma ação mais efetiva.
12 – Miguel Arenhart – Acil
Qual o planejamento para fomentar o crescimento econômico com as limitações de território da cidade?
Caumo – Temos uma população de 80 mil habitantes, mas a circulação de 400 mil pessoas. Para aumentar a receita, temos que facilitar os acessos e incentivar investimentos. Na indústria, temos que incentivar a implementação de empresas de produtos com valor agregado, pois não temos grandes áreas disponíveis.
