Moedas, selos, placas e outros objetos fizeram parte das coleções expostas nesse domingo no primeiro encontro de colecionadores realizado no município. A mostra ocorreu durante a 22ª edição do Arte na Praça, na Praça João Zart Sobrinho.
A proposta de abrir espaço para colecionadores surgiu graças a Carlos Cesar Dexheimer. Em diversas edições do evento, ele expunha parte de sua coleção diversa, chamando atenção dos organizadores para a possibilidade de ampliar o espaço dos colecionadores.
Nesse domingo, Dexheimer levou à praça parte dos mais de 20 objetos que coleciona. A paixão surgiu ainda criança, quando guardava carteiras de cigarros e tampinhas. Hoje tem um pequeno museu em casa. “Os amigos costumam marcar para visitar, tem muitas peças que contam histórias diversas.”
Ele garante trabalhar para conseguir organizar as coleções. “Aos poucos vou colocando tudo em ordem.” Dexheimer destaca o fato de seu hobby ainda ser solitário em Lajeado. “Tem mais colecionadores de outras regiões, até para conhecer a minha coleção.”
Guardar objetos também é um costume de Laura Peixoto, uma das organizadoras do Arte na Praça. Assim como Dexheimer, ela iniciou as primeiras coleções na infância. Mas ao contrário do colega, ela mudou as coleções ao longo dos anos. “Quando criança, eu guardava selos e meu irmão carteiras de cigarro. Um dia doei toda minha coleção.”
O retorno ao hobby aconteceu de forma involuntária. “Alguns amigos começaram a me dar vidros de perfumes e fui guardando”, relembra. Com o tempo, os presentes transformaram-se em uma coleção com inúmeras embalagens.
Guardadores da história
Explicar os motivos para ser uma colecionadora é difícil para Laura, que não chega a nenhuma conclusão. “Minha filha acha que é pelo cheiro dos perfumes, eu acredito ser pela forma das embalagens, mas é difícil explicar o motivo.”
Mesmo com dificuldade para encontrar motivos lógicos para o hobby, Laura ressalta a importância. “Existe uma coisa de guardar segredos e histórias, pois cada objeto conta uma história.”
Colecionadora de caixas, Desirée Hirtenkauf cria uma teoria para a paixão em guardar objetos. “Não sei explicar bem por que coleciono, mas dizem que colecionadores têm algum tipo de obsessão compulsiva”, brinca a artista plástica.
Ela guarda com carinho a caixa da avó, primeira da coleção iniciada graças aos amigos e familiares. “Eu ganhei uma e depois outra. Quando vi, comecei a guardar várias e tinha uma coleção.” Entre os objetos, raridades como uma caixa com a data de 1905 junto com peças de diversos países e regiões do Brasil.
