Trabalhadores aceitam  9,5% de reajuste salarial

Teutônia

Trabalhadores aceitam 9,5% de reajuste salarial

Proposta inicial era de parcelamento do dissídio

Trabalhadores aceitam  9,5% de reajuste salarial
Teutônia

O índice de reposição salarial dos calçadistas e vestuaristas foi estabelecido. O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Calçadistas de Teutônia (Siticalte) garantiu o pagamento de 9,5% de reajuste retroativo, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), estipulado pelo IBGE. Com a medida, a categoria recebe o montante até o fim do ano.

As negociações iniciaram em agosto, quando a patronal propôs 5% neste ano e o restante em fevereiro de 2017. Na primeira reunião, na Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado e do Vestuário do RS (Feticvergs), em Porto Alegre, os sindicalistas rejeitaram a proposta e ameaçaram buscar recurso. A alternativa seria no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que determina a taxa real paga em uma vez.

No dia 31 de agosto, os empresários definiram 9,5% de reajuste em parcela única. O montante corresponde ao INPC aplicado em 70% dos dissídios do estado. Segundo o presidente do Siticalte, Roberto Müller, os donos das indústrias alegaram momento econômico frágil para o setor. O dólar que apresentava melhoras para exportações de calçados teve queda e preocupa pela oscilação. “O mercado interno também desaqueceu e isso incentivou a tentativa de parcelar o dissídio”.

Müller destaca que a definição do reajuste igual ao INPC é motivo de comemoração. Apenas 20% das reposições foram definidas acima. Em algumas regiões, 19% fecharam negociações abaixo da taxa.

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Valorização da mão de obra

A convenção coletiva define o mínimo salarial para a categoria. Segundo Müller, os rendimentos dos funcionários ultrapassam a faixa base e a variação está relacionada com o mercado e oferta e procura de emprego. Se a oferta for maior do que a procura, haverá muitas pessoas por vaga, o que torna o salário menos competitivo, ressalta.

A valorização da categoria depende da demanda industrial e da falta de candidatos. As empresas que procuram funcionários em outras cidades, em especial durante alta temporada de vendas. “Hoje não é tanto assim, já foram cortadas algumas conduções de outras cidades, prevalecendo a mão de obra local”.

O Siticalte contabiliza 4,3 mil trabalhadores de 28 indústrias. A produção de calçados representa 25% do orçamento municipal.

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