As estâncias do  pampa gaúcho

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As estâncias do pampa gaúcho

Cidade do centro-sul do estado, Encruzilhada do Sul tem grande território e potencial turístico, histórico e cultural

As estâncias do  pampa gaúcho
Vale do Taquari

Encruzilhada do Sul tem importância histórica para o estado e país. Abriga monumentos e bustos em homenagem aos personagens do passado. O território teve como primeiro nome Santa Bárbara de Encruzilhada. Na Praça Barão do Quaraí, o monumento à Santa Bárbara, padroeira do município, é um deles.

No centro, tem a Casa de Cultura Humberto Fossa. Elo entre presente e passado, abriga o Museu Municipal Domingos Bitencourt, e guarda objetos utilizados por famílias encruzilhadenses. É um espaço para amostra de obras artísticas e culturais, promove seminários, exposições e cursos. A visitação é de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 11h30min, e das 14h às 17h.

Perto dali, a Igreja Matriz Santa Bárbara mostra na arquitetura traços franceses. Foi erguida pelo construtor francês, Francisco Haillot. A obra iniciou em 1866 e terminou em 1889, quando o arquiteto e principal idealizador já havia morrido. Na igreja, estão os restos mortais do padre Nicolau Hanquete, um personagem simpático e respeitado na cidade. Ele catequizou várias gerações durante 53 anos.

Outro ponto interessante é a Fonte do Pedroso. Segundo historiadores, o local, cujo nome homenageia o antigo proprietário das terras, abasteceu de água os povos primitivos. Em 1863, foi construída uma infraestrutura para abastecer a cidade. Hoje, uma bela e iluminada praça valoriza o patrimônio histórico.

A cinco quilômetros do centro, se encontra o principal patrimônio histórico do município: a Fazenda da Lapa. A antiga residência do primeiro bispo do RS, dom Feliciano Prates, foi construída em 1834, ao estilo colonial. No local, existe uma taipa construída pelos escravos. Uma capela com altar autêntico, imagens de santos e móveis utilizados na época. Ao lado da casa antiga, um trator datado do início do século passado permanece intacto.

Segundo a história, dom Feliciano cultivava trigo. O produto era distribuído aos pobres de vilas como a Santa Bárbara, atual centro do município. Hoje, a área é de propriedade da família Mibielli e fica aberta à visitação. Os funcionários, bem receptivos, mostram a fazenda. Um lugar tranquilo, distante da vida urbana, caracteriza a vida das estâncias.

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