Acompanhamento oncológico auxilia no combate ao câncer

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Acompanhamento oncológico auxilia no combate ao câncer

A área da ciência estuda e trata dos tipos de câncer. Projetos como o Outubro Rosa são parte importante na prevenção à doença

Acompanhamento oncológico auxilia no combate ao câncer
Vale do Taquari

Com significado de estudo de tumores, a Oncologia é o ramo da ciência médica que lida com câncer. Ela é responsável pelo diagnóstico e tratamento curativo e paliativo. O último visa a aumentar o tempo de vida do paciente, além de buscar melhora da qualidade de vida. Entre os tipos de tratamento, estão os quimioterápicos, radioterápicos, hormonioterápicos, imunoterápicos e as terapias alvo-moleculares.

A Oncologia age no auxílio do tratamento do câncer de diversas formas. Cada indivíduo tem suas necessidades, por isso, é importante observar as possibilidades de cada paciente. O tratamento oncológico curativo traz seu objetivo no nome: curar os pacientes. Para isso, é prescrito um tratamento com a utilização de medicamentos modernos. Mesmo que a chance de cura seja pequena, todos os esforços serão feitos.

Casos em que a cura não é alcançada, cabe ao profissional oncologista apontar um segundo objetivo: a remissão da doença. Isso faz com o que o paciente se sinta melhor pelo maior tempo possível, sem sentir efeitos da doença e das internações.

Os cuidados paliativos traduzem um momento em que a remissão é quase inalcançável. O interesse passa a ser o controle da doença e seus sintomas. O foco é na melhora da qualidade de vida tanto do paciente quanto de seus familiares. Trata-se os sintomas físicos e o sofrimento psicológico.

Tratamentos mais comuns

A radioterapia é responsável pelo controle local do câncer. Ela diminui ou faz desaparecer o tumor no local onde as radiações ionizantes penetram no corpo do paciente. A liberação disso é feita por aparelhos aceleradores lineares.

A quimioterapia é pelo controle local do câncer. Ela também cuida do controle das micrometástases circulantes nos vasos sanguíneos ou linfáticos que irão se depositar nos órgãos do corpo (processo chamado de metástases).

Cigarro e câncer

O cigarro não traz apenas risco de câncer de pulmão. Outros tipos de câncer também entram na lista, como de boca, laringe, esôfago, estômago e bexiga. Fumar aumenta o risco de doenças cardiológicas como hipertensão, acidente vascular cerebral (derrame), infarto e aterosclerose.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a fumaça do cigarro tem cerca de 4,7 mil substâncias tóxicas. O alcatrão é o conjunto de elementos presentes no tabaco absorvidos pelo fumante. É responsável por manchas na pele, nos dentes e dedos, além de se depositar nos pulmões, deixando-os com coloração castanho escuro. Há compostos químicos no cigarro que têm alto poder viciante. O mais conhecido é a nicotina, capaz de se ligar a receptores químicos no cérebro que dão a sensação de prazer.

O vício do cigarro se dá por mecanismo que envolve dependência química. A estratégia do uso de adesivos de nicotina consiste em evitar o malefício da fumaça e suas substâncias cancerígenas. A partir disso, aos poucos, se corta a dose da nicotina. Funciona como apoio na transição de quem quer abandonar o cigarro.

Outubro Rosa

O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. O movimento começou nos Estados Unidos, onde vários estados tinham ações isoladas referente ao câncer de mama e à mamografia no mês de outubro. Com a aprovação do Congresso Americano, o mês de Outubro se tornou o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama.

Fonte: outubrorosa.org

O câncer de mama é o segundo mais comum nas mulheres. Só perde para o de pele. A estimativa do Inca para este ano é de ainda surgirem mais de 25 mil novos casos de câncer de mama.

Mas é possível prevenir a doença. Os principais fatores de risco são endócrinos e de hereditariedade. Está muito relacionado a questões hormonais. O comportamento também influencia. Obesidade, tabagismo, etilismo e sedentarismo são fatores de risco para desenvolver o câncer. Se as mulheres em geral adotarem hábitos de vida saudáveis, pode-se diminuir até em 30% a incidência do câncer de mama.

Acompanhamento e avanços

Segundo o médico oncologista Rafael Seewald, quando ocorre o diagnóstico da doença e durante o tratamento, o paciente e a família são atingidos de diversas formas. Há sofrimento físico, psicológico, social e econômico. “O trabalho do oncologista é central no processo, mas é apenas uma parte das tantas necessárias para que um bom resultado seja alcançado”, diz.
Ele destaca a importância do acompanhamento psicológico, nutricional, farmacêutico e do assistente social, assim como profissionais médicos de outras áreas. “Isso é essencial para o sucesso do tratamento e alívio do sofrimento do paciente.”

A Hora – Hoje o Brasil é um país considerado avançado no campo oncológico?
Rafael Seewald – Precisamos responder essa pergunta de maneira separada, pois existem dois sistemas de saúde no Brasil, o privado (convênios e particular) e o público (SUS). Com a internet, o conhecimento científico está disponível a todos, então, quanto a isso nos igualamos a outros países.
Existem bons tratamentos oferecidos pelo SUS, mas infelizmente está defasado e atrasado em relação ao oferecido na rede privada para algumas doenças. Quando falamos da rede privada, enfrentamos uma demora por parte das agências regulatórias brasileiras na aprovação de novos tratamentos, levando, em alguns casos, até dois anos para aprovação de medicamentos já utilizados em outros países.
A pesquisa clínica que dispomos no Centro de Oncologia do Hospital Bruno Born, por exemplo, é uma esperança diante dessa realidade. Podemos oferecer aos nossos pacientes muitas dessas medicações ainda não disponíveis a pacientes dos sistemas público e privado.

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