Um grupo de jovens organiza protesto contra o All In Pub devido a confusões que ocorreram durante uma festa no sábado, dia 27. Conforme eles, a manifestação visa a demonstrar o repúdio a atos de violência, machismo, sexismo e homofobia supostamente praticados por seguranças do estabelecimento.
De acordo com um dos organizadores do ato, o estudante Victor Alan Gomes, a festa tinha como temática o amor livre e a luta contra o preconceitos. Afirma que ele e um grupo de amigos chegaram caracterizados com o uso de glitter no rosto e foram hostilizados pelos seguranças já na entrada do evento.
“O preconceito começou na fila, onde os seguranças faziam piadas e riam da nossa cara”, alega. Relata ainda agressões sofridas por dois jovens, que teriam sido retirados da festa com golpes de cassetete. Em um dos casos, as agressões teriam seguido do lado de fora do estabelecimento.
O estudante ainda aponta outras situações, como o caso de duas meninas que teriam sido constrangidas pelo segurança por estarem se beijando, e outra que teria sido assediada por um deles.
Uma página no Facebook foi criada para convocar o protesto. No site existem outros relatos de abusos que teriam sido cometidos pela equipe de segurança. Até sexta-feira, 2, 178 pessoa haviam confirmado participação no evento.
“Queremos que tudo ocorra em paz”
Proprietário do All In Pub, Cleverson Scaravonatto afirma que o estabelecimento não tem nenhuma restrição quanto a manifestações relacionadas à opção sexual de seus frequentadores. “Apoiamos o movimento LGBTTTs e não compactuamos com nenhum tipo de preconceito, seja por sexualidade, etnia ou gênero.”
Conforme Scaravonatto, a casa foi convidada pela organização da festa para sediar o evento e estava ciente do público alternativo. “Em nenhum momento isso foi problema, pois temos clientes das mais diferentes orientações sexuais.”
Segundo ele, as pessoas colocadas para fora do Pub descumpriram as regras do estabelecimento. Entre elas, a de não fumar fora do local pré-determinado e a de não portar ou usar drogas ilícitas dentro do All In. “Primeiro pedimos para parar e, caso a pessoa continue, é colocada para fora, mas nem todos aceitam.”
Scaravonatto afirma que os seguranças contratados são de uma empresa terceirizada e que um dos envolvidos nas confusões foi afastado por um período de 30 dias. Diz ainda que a empresa confeccionou um cartaz em apoio ao movimento LGBTTTs para colocar em frente ao estabelecimento durante o protesto.
De acordo com o empresário, diante da expectativa de uma grande participação de pessoas na manifestação, foi contatado com a Brigada Militar e a Polícia Civil para garantir a segurança do local. “Sendo um protesto pacífico, vamos apoiar sempre.”
