No dia da abertura da campanha eleitoral, seis candidatos a prefeito e vice-prefeito da maior cidade do Vale do Taquari se reuniram com o juiz eleitoral, Luís Antônio de Abreu Johnson. O encontro, no Fórum, serviu para esclarecer dúvidas sobre as mudanças nas regras para o pleito deste ano.
Sem tamanho especificado no texto eleitoral, o uso de placas nos comitês centrais ou espaços privados esteve entre as principais dúvidas do grupo. Uma proposta de padronização de metragem dos materiais deve ser elaborada pelos representantes das chapas e entregue à Justiça.
A instituição de regras comuns segue a postura adotada por coligações de Cruzeiro do Sul e Santa Clara do Sul. Em ambos os casos, as definições especificaram o uso de carros de som durante a campanha.
Em Cruzeiro do Sul, os veículos serão usados entre 15h e 20h, enquanto em Santa Clara do Sul foi definido o horário das 16h às 18h. Pela legislação, o artifício é permitido entre as 8h e às 22h.
Para Johnson, acordos do tipo evitam interpretações equivocadas quanto aos limites estabelecidos pela minirreforma eleitoral. Segundo ele, a medida também possibilita adaptações das condutas durante o período de campanha para torná-las mais próximas da realidade de cada município.
Modernização
O juiz destacou o aumento das ferramentas de controle, tecnologia empregada e a exigência por atualização dos órgãos envolvidos. Na próxima semana, uma equipe da Brigada Militar passará por um treinamento sobre a legislação eleitoral.
A tendência, afirma Johnson, é de campanhas mais voltadas à argumentação, com menor impacto ambiental e em ações voltadas à internet. A visibilidade das ações na área urbana tende a ser menor em comparação com pleitos anteriores.
As mudanças são indicadas pelo juiz como parte de uma modernização do processo eleitoral do país, assim como os acordos firmados entre as coligações locais.
Os resultados estão nas quedas das ações ajuizadas por campanha antecipada no estado. Até sexta-feira, haviam duas.
De acordo com promotor eleitoral Carlos Augusto Fioriolli, situações de abuso de poder econômico e político costumam exigir mais atenção da Justiça. Com as ferramentas disponíveis para o monitoramento, o diálogo prévio para evitar irregularidades tem sido priorizado.
Para ele, acordos, como os firmados nos dois municípios da região, são vistos como positivos e servem de base para o acompanhamento das atuações. Na avaliação de Fioriolli, o debate interno é importante nas coligações para evitar posturas incompatíveis com as estabelecidas pela legislação.
Durante o encontro, Luís Fernando Schmidt e Vilsinho Jacques representaram a coligação Lajeado no Rumo Certo; Marcelo Caumo e Glaucia Schumacher, a Juntos Podemos; e Márcia Scherer e Renato Worm, a Um Novo Caminho Seguro para Lajeado.
