Inicia hoje a campanha eleitoral. Neste ano, os postulantes vão precisar usar a criatividade e apostar em ações propositivas para conquistar a preferência dos eleitores.
A reforma eleitoral exige campanhas mais baratas. A divulgação da imagem e das ideias dos candidatos será feita com simplicidade. Aprovada em 2015, reduziu pela metade o tempo de campanha, de 90 para 45 dias. Cavaletes nas ruas, pintura em muros e placas estão proibidos. Podem ser usadas faixas em tamanho restrito.
Mas a principal mudança é a restrição dos gastos. Os candidatos estão impedidos de receber doações de empresas.
Lajeado é o município com maior teto, R$ 495 mil. Ao menos duas alianças confirmaram contratação de profissionais para traçar estratégias.
A campanha de rua será a principal aposta. O responsável pela campanha de reeleição, André Arnt, considera o novo modelo positivo.
Para ele, as campanhas vão expor mais o candidato. Na avaliação dele, o corpo a corpo deve ser fundamental na busca por votos. “Será inevitável ir para a rua encontrar o eleitor.” Além disso, destaca o crescimento da internet. “O município tem 55 mil pessoas cadastradas do Facebook. A internet será mais importante que em 2012 e menos do que em 2018.”
O PMDB preferiu não se manifestar. Articulação se reúne para definir estratégias a partir de quarta-feira e só depois pretende divulgar ações.
De acordo com o coordenador de campanha do PP, Guilherme Cé, a estratégia central será fazer uma campanha propositiva, baseada em ideias e propostas concretas. “Queremos dialogar com os cidadãos e mostrar quem somos. Se queremos fazer diferente, devemos mostrar isto na campanha.”
A coligação não contratou profissionais e a parte estratégica da campanha está sendo produzida por voluntários. “Isso confere mais proximidade com o cidadão e ajuda a formar quadros para administrarmos a cidade, em caso de sucesso no pleito.”
Com orçamento menor, os candidatos de Estrela adotarão a mesma estratégia para conquistar os votos. O presidente do PMDB, Marcelo Mallmann, resume a estratégia pensada para conquistar a reeleição de Rafael Mallmann. “Será gastar sola de sapato e saliva”, destaca.
Alternativa parecida com a dos adversários. Mesmo sem abrir a estratégia para a campanha, o presidente do PSD, Everaldo dos Santos, demonstra confiança na imagem de Aloísio Mallmann perante a população. “Sabemos que a política está desacreditada, mas as pessoas conhecem ele, e vamos apostar na boa imagem com a população.”
O presidente do PR, Gardel Steffens, afirma que foi pensada a possibilidade de contratar marqueteiro para a campanha de Joel Mallmann (PR) mas a ideia foi descartada. “Fomos atrás, consultamos os preços mas tomamos um susto.” Diante disso, as visitas porta a porta serão a principal estratégia .
A situação não muda em Teutônia. As três articulações apostam no contato direto com os eleitores. Recursos virtuais e todas as mídias disponíveis também fazem parte da busca pelos votos. A meta é explorar a trajetória dos candidatos. O coordenador de campanha do PSDB, Alexandre Peters, preferiu não abrir detalhes. Mas destacou que o intuito é dispor de pouca verba e mobilizar as bases para apresentar propostas da aliança liderada por Jonathan Bronstrup (PSDB).
Para Braulio Horn, que coordena a campanha do trabalhista Celso Forneck, para reduzir custos os comícios serão reduzidos. As mídias digitais e todas as disponíveis serão exploradas, mas a aposta é no contato direto.
O presidente do PMDB, Pedro Hartmann, afirma que redes sociais, reuniões em grupos e todas as ferramentas farão parte das ações para expor as ideias da chapa liderada pelo peemedebista Evandro Biondo. Porém, ele considera como estratégia vital apostar no histórico dos candidatos.
Sem enfeites
Nos municípios com menos de 10 mil habitantes, um outro tipo de campanha. Com menos dinheiro e o pouco acesso à internet, o corpo a corpo ganha ainda mais importância.
Algumas alianças chegam descartar a possibilidade, como ocorre na campanha de Gelsy Arend (PP), de Marques de Souza. O coordenador de campanha, Lairton Heineck, comenta que as redes sociais serão exploradas de forma individual pelos postulantes.
O uso não será um dos focos da campanha por conta do perfil dos eleitores. “Em alguns lugares as pessoas não tem acesso, por isso, optamos pelos materiais impressos e visitas.” Articulação projeta três comícios no período.
O coordenador da chapa oposta, liderada por Edmilson Dorr (PTB), Renato Zanela adotará os recursos virtuais para levar as propostas até o eleitor. Mas ele destaca que as ferramentas apenas irão auxiliar o processo.
A campanha, segundo ele, aposta na simplicidade e em ouvir as demandas da comunidade.
Registros das candidaturas
O prazo para registro das candidaturas encerrou ontem às 19h. . Em virtude de sobrecarga no sistema, a reportagem não conseguiu analisar o número de candidatos do Vale do Taquari.
