Granja aposta em aviários climatizados

Cruzeiro do Sul

Granja aposta em aviários climatizados

Abertura de novos mercados e recorde nas exportações motivam investimento

Granja aposta em aviários climatizados
Vale do Taquari

O bom momento da avicultura motiva novos investimentos no meio rural. O produtor de ovos férteis, Augusto Kich, da Linha Bom Fim, trabalha na terraplanagem para iniciar a construção de mais dois aviários. Cada estrutura terá capacidade de alojar 31 mil galinhas poedeiras.

O primeiro lote será alojado em um ano. Kich projeta investir R$ 2,2 milhões. “Serão prédios climatizados e com tecnologia de ponta para reduzir as perdas, a exigência de mão de obra, aumentar a qualidade do produto e o bem-estar das aves.”

Com seis galpões construídos, por ciclo, são alojadas 54 mil aves, sendo 10% de machos. A meta é alojar 85 mil aves e produzir por dia 60 mil ovos. Da granja, os ovos seguem para um incubatório em Garibaldi. O recolhimento é feito a cada dois dias. A produção diária alcança 38 mil unidades. Após o nascimento, os pintos são remanejados para produtores de frango de corte. O ciclo de engorda dura em média 35 dias, quando atingem um peso de 1,2 quilo e são encaminhados para o abate.

O ciclo produtivo dura 300 dias e nesse período cada galinha põe, em média, 190 ovos. Além da mulher e dos quatro filhos, Kich emprega 11 pessoas. Com o investimento concluído, outros seis postos de trabalho serão criados.

Para manter a sanidade, toda granja é cercada e a entrada de pessoas estranhas é proibida. Os funcionários tomam banho duas vezes ao dia, ao entrar e sair dos galpões. O descarregamento de ração e a coleta dos ovos ocorrem do lado de fora dos aviários. “Ter este cuidado com a sanidade é muito importante.”

Por milheiro (caixa com mil unidades), o preço alcança R$ 105. Numa avaliação criteriosa de até 80 itens, a remuneração pode diminuir ou até aumentar em 25%. A família Kich aposta em matrizes de postura de ovos férteis desde 1998. Antes disso, trabalhou dois anos com frango para o abate.

Processo automatizado

Uma das mudanças adotadas é o recolhimento dos ovos. Os ninhos manuais foram substituídos por automáticos com esteiras para coleta. Além de exigir menos mão de obra, aumenta a produtividade por ave em até cinco ovos por ciclo.

Outra vantagem é a menor ocorrência de danos no produto e contato da galinha com o ovo após a postura, maior higiene nos galpões e agilidade no trabalho.

O recolhimento é feito seis vezes ao dia. Após a postura, o ovo cai na esteira e segue para a sala de classificação e embalagem. O custo de implantação de ninhos automáticos varia de R$ 15 a R$ 19 por fêmea alojada, de acordo com o modelo adotado.

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