Prisão de foragido tranquiliza familiares

Teutônia

Prisão de foragido tranquiliza familiares

Condenado por assassinato de Daiane Siebenaichler de Castro se entregou à polícia

Prisão de foragido tranquiliza familiares
Teutônia

Levi Lopes de Castro se entregou a polícia nessa segunda-feira. O homem foi condenado pela Justiça a 24 anos de prisão pelo assassinato de Daiane Siebenaichler de Castro, 33. O foragido estava em Quaraí, fronteira com o Uruguai. Ele será conduzido ao Presídio Estadual de Lajeado para cumprir a pena.

O advogado, Milton Stalhofer, participou do processo como assistente de acusação e presenciou o drama vivenciado pela família. Em dezembro de 2015, Levi e outro preso fugiram do sistema prisional e aumentaram a indignação diante da impunidade. Durante oito meses, ele ficou foragido.

Como havia informação de que Castro estaria na cidade fronteiriça, a guarnição realizou abordagens em períodos festivos como a Páscoa. O acusado transitava entre Brasil e Uruguai, dificultando o trabalho da polícia. “Fiquei sabendo na terça-feira que ele se entregou na presença de familiares e do advogado. Não sabemos se ele recebeu alguma represália, se teve medo. Certamente não se entregou por ter se arrependido.”

Diante do temor vivido durante oito meses, enquanto Levi esteve foragido, a família sugere presídio com maior segurança, como em Charqueadas. Stalhofer é casado com a mãe de Daiane, Vera Scholmeier, e relata que a dor não passa, mas pode ser amenizadas com o cumprimento da pena. “Sabemos que Daiane não voltará. O erro está feito, a dor foi causada, mas ao menos se sabe que ele vai pagar. Esperamos que ele cumpra, que pague o máximo pelo ato covarde que cometeu.”

Relembre o caso

O casal residia no bairro Teutônia e mantinha relacionamento estável. Segundo relatos da mãe, o genro apresentava comportamento atípico, talvez impulsionado pelo consumo de drogas. Daiana participava de encontros para ele permanecer longe do vício. Mas companheiro não apresentava a mesma disposição.

Uma semana antes do assassinato, Daiane pediu a Levi que fizesse cobrança de R$ 700, referente à venda de copos personalizados.

Ele fez o serviço e ficou três dias em Lajeado com o carro dela consumindo drogas. Em depoimento, relatou que o objetivo era afogar a dor de uma traição.

A mulher espalhou cartazes e fez publicações no Facebook em busca do companheiro. Em uma blitz, a polícia o encontrou. A partir desse momento, o clima ficou cada vez mais tenso e ela passou a sofrer ameaças.

Ciente de que o relacionamento não teria futuro, pediu a separação. Levi não aceitou. Sob orientação da Defensoria Pública, Daiane trocou as fechaduras da casa.

No dia 17 de junho de 2014, o acusado aproveitou que a ex-companheira não estava e foi até a residência com a bicicleta do irmão. Ele entrou pelo telhado e ficou à espreita. Para que o plano fluísse, ligou solicitando que o veículo fosse retirado de frente da moradia.

Quando Daiane chegou, foi surpreendida pela presença de Levi que tinha uma faca de 22 centímetros na mão. Eles discutiram. Daiane pulou a janela e foi perseguida. Em frente à casa, levou mais de dez facadas e morreu no local.

A polícia constatou cortes nas mãos, rosto, peito, costas e abdômen. Segundo a perícia, houve tortura e requintes de crueldade. Levi confessou o crime e se entregou no mesmo dia. Entretanto, em dezembro de 2015, fugiu do presídio de Lajeado.

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