Câmara revê subsídios para secretários

Lajeado

Câmara revê subsídios para secretários

Proposta quer atrair profissionais técnicos e competir com a iniciativa privada

Câmara revê subsídios para secretários
Lajeado

A Comissão de Finanças do Legislativo segue analisando possíveis reajustes à próxima legislatura. Em maio, surgiu a hipótese de aumentar os salários dos vereadores para até R$ 9,4 mil, mas a proposta foi rechaçada. Nova proposição sugere congelamento dos subsídios do prefeito, vice e parlamentares. Só os secretários teriam acréscimo.

De acordo com informações da câmara de vereadores, o propósito da comissão é elevar os valores pagos aos secretários para cerca de R$ 11 mil, ou o equivalente à metade dos vencimentos mensais do prefeito. Hoje, cada responsável de secretaria recebe cerca de R$ 9 mil por mês. O projeto precisa ser votado no terceiro trimestre, antes do pleito de outubro.

“É preciso pagar um valor suficiente para atrair bons profissionais. Caso contrário, eles sempre vão optar por ficar na iniciativa privada, onde têm melhores remunerações”, opina o vereador, Waldir Gisch, presidente da Comissão de Finanças, que não confirma o valor de R$ 11 mil para cada um dos 14 secretários. “Nada está definido.”

De acordo com o parlamentar, o grupo ainda finaliza relatórios onde foram comparados os vencimentos dos agentes públicos de Lajeado com outros municípios do mesmo porte, e outros com população inferior. “Percebemos alguns Executivos de cidades menores pagando mais ao prefeito do que nós. Mas tudo isso ainda será avaliado, e a decisão caberá aos integrantes da mesa diretora”, resume.

Salários congelados

Caso se confirme a proposta de não dar aumento de salário aos vereadores, será a primeira vez – ao menos desde 2004 – que a câmara não aprovará reajuste para a legislatura seguinte. Desde aquele ano, os valores pagos aos parlamentares lajeadenses aumentaram 323%. Eram de R$ 2,1 mil mensais, e hoje chegam a R$ 6,9 mil por mês.

Nestes 12 anos, o reajuste mais significativo ocorreu em 2008, quando os vereadores da época aumentaram o próprio salário em 55%. O valor pulou de R$ 2,9 mil para R$ 4,6 mil. No mesmo ano, o dissídio pago aos funcionários públicos não chegou a 6%.

Por lei, cada vereador pode receber até 40% dos vencimentos mensais de um deputado estadual, cujo salário é de R$ 25,3 mil. Os parlamentares de Lajeado poderiam receber até R$ 10,1 mil mensais. Apesar disso, projeto de iniciativa popular sugere equiparar os valores com aqueles pagos aos professores municipais em início de carreira.

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