Depois de meses de negociações, os funcionários BRF foods aprovaram a segunda proposta de reajusta apresentada pela empresa. A definição ocorreu durante assembleia realizada na tarde de ontem com a presença de 426 funcionários, dos quais oito votaram contra.
A proposta apresentada pela empresa reajusta os salários de quem ganha até R$ 1,400 mil em 7%, pago em duas parcelas. A primeira, de 6% retroativo ao mês de maio, pago em setembro e a segunda parcela, de 1%, em janeiro de 2017. Quem recebe até R$ 1,400 mil ainda receberá um abono de R$ 200 no próximo mês. Os funcionários que ganham acima desse valor vão receber R$ 500.
Outros reajustes aprovados foram do piso, que passa para R$ 1,155 mil para quem for contratado a partir de dezembro e de efetivação após 60 dias. O tiket alimentação terá aumento escalonado a partir do próximo mês, passando inicialmente para R$ 100 e chegando a R$ 150 em abril do ano que vem.
O presidente do Sindicato Trabalhadores da Indústria de Alimentação de Lajeado (Stial), Adão Gossmann, se mostrou resignado com a proposta. “Não é o que queríamos, mas é o melhor que conseguimos apresentar aos trabalhadores.”
Além dos aumentos de salários e benefícios, também ficou acertada uma nova regra para as licenças-maternidade. Agora as mulheres podem tirar férias logo após encerrado o período de licença, e caso seja necessário antecipar as próximas férias. “Elas podem ficar sem férias no próximo ano, mas conseguem ficar mais tempo com os filhos”, ressalta Gossmann.
Reajuste proposto em julho
O índice de aumento salarial aprovado na assembleia de ontem é o mesmo recusado no dia 22 de julho, durante reunião realizada em Marau. Na época os sindicalistas consideraram o valor baixo, pois exigiam um aumento de 9,8%.
Diferente da proposta anterior, a BRF reduziu para duas o número de parcelas para conceder o reajuste. De acordo com Gossmann, a crise econômica foi uma das justificativas apontadas pela empresa para não conceder o aumento pedido pela categoria. “Sabemos que estamos em um momento difícil. A proposta deles é parecida com a da Minuano”, lembra o dirigente.