Entidades locais alinham mobilização de servidores

Vale do Taquari

Entidades locais alinham mobilização de servidores

Trabalhadores fazem protesto na Praça da Matriz

Entidades locais alinham mobilização de servidores
Vale do Taquari

A paralisação de servidores estaduais da região amanhã, 4, será marcada por manifestações na Praça da Matriz, em Lajeado. A mobilização foi definida, ontem, na sede do Cpers, em Estrela. O encontro teve participação de entidades representativas das áreas da segurança, saúde e educação.

O manifesto está marcado para às 10h e ocorre em resposta ao oitavo parcelamento de salário dos servidores públicos. A decisão do Executivo limitou o vencimento dos trabalhadores a R$ 650. Um dia depois, outros R$ 330 foram anunciados pelo Estado. Hoje, o governo deve depositar R$ 800 para complementar os valores. Com eles, o vencimento chega a R$ 1.780.

Segundo o diretor do 8º Núcleo do Cpers, Oséias Souza de Freitas, a sequência de parcelamentos e o valor cedido no mês passado ampliam as dificuldades dos servidores. Ele critica a alegação de falta de recursos e salienta que os poderes Legislativo e Judiciário não foram afetados. “No período de greve, foi pago mais do que agora. Não aceitamos a alegação do Estado, o principal ponto é o combate à sonegação e às isenções fiscais a grandes empresas.”

Assim como ele, a representante de entidades como o Sindicato dos Técnicos Científicos do Estado (Sintergs), Lúcia Jungles, destaca o impacto da medida nas famílias dos servidores. Segundo ela, a população não deve ser afetada com a mobilização do setor da saúde.

Serviços precários

A conselheira do Cpers Sindicato, Luzia Hermann, relata o momento de depreciação do serviço público.

Para a vice-presidente da União Gaúcha dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil (Ugeirm), Magda Lopes, a decisão do parcelamento atinge a população. Na opinião dela, não estão sendo oferecidas as condições para prestar um serviço público de qualidade. “É uma escolha que foi feita em um setor. O Estado escolheu descumprir a lei para um lado. É o momento de discutir a autonomia econômica.”

Oficiais emitem nota

Desde o dia 30 como responsável pelo Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Taquari (CRPO-VT), o coronel Gleider Cavalli Oliveira reconhece os efeitos da medida no ânimo dos servidores. Segundo ele, os contatos com os servidores têm sido aproveitados para repassar orientações e tentar reverter o cenário. “Entendemos a situação da tropa, mas seguimos com nossa missão de dar segurança à população.”

Ele salienta a impossibilidade legal de integrantes da polícia militar aderirem à greve ou paralisação, sob o risco de responderem pela irregularidade. Sobre bloqueios dos quartéis por familiares de militares, ele monitora esse risco.

Na avaliação do comandante, a nota oficial emitida pela Associação dos Oficiais da Brigada Militar (ASOFBM) não reflete a unanimidade das opiniões da categoria, mas um posicionamento institucional.

Saiba mais

Educação

Professores, funcionários e diretores serão orientados a reduzir a carga horária até a normalização dos salários. Para amanhã, os representantes tentam mobilizar a categoria a paralisar as atividades.

Segurança

Desde o anúncio de parcelamento, a Polícia Civil restringiu os serviços e adotou Operação Padrão. Registros de fato em tese atípico e perda de documentos estão suspensos na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Amanhã, apenas casos como homicídio e latrocínio serão atendidos. Para ocorrências de roubos e furtos, a atuação depende de flagrante. No caso da Brigada Militar da região, o CRPO acompanha a situação e não há mobilizações marcadas. Já a Susepe acompanha a definição e cogita reduzir atividades.

Saúde

Entidades de classe preveem paralisação parcial. As atividades agendadas para a 16ª CRS devem ocorrer entre 10h e 12h. Não haverá serviço interno, mas o atendimento de recepção será mantido.

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