A fome, falta de emprego e a repressão motivaram a retirada repentina da Alemanha. As primeiras gerações dos colonizadores alemães no estado viveram momentos difíceis. Em terras desconhecidas, se empenharam em proporcionar futuro melhor aos filhos e netos. Depois das adaptações ao clima e idioma, encontraram na plantação o sustento.
A primeira geração foi marcada pelo instinto de sobrevivência e a esperança em dias melhores. A segunda, garantiu a subsistência do povo. Hoje, os descendentes comemoram a fartura e a prosperidade oriunda do esforço dos antepassados.
Em reconhecimento à importância do trabalho da etnia no país, o Colégio Teutônia organizou o segundo Deutscher Abend – Essen, Bier und Musik. A festividade ocorreu no sábado à noite, no Baviera Park Hotel. Na recepção, quatro jovens com trajes que lembravam os colonizadores conduziam aos assentos. A decoração temática proporcionava viagem no tempo. Cada grupo de mesas recebeu nome de estados da Alemanha para situar os convidados. A conversação em alemão predominava, mas dava espaço para o português.
A gastronomia típica deu tempero especial à confraria. O jantar composto por chucrute, purê de batata gratinado, salsichão, filé de frango e o schweinbraten (porco assado) foi o ponto forte. A cerveja artesanal da Buchudos Bier, de Teutônia, e Gold Bier, de Maratá, complementou a tradição germânica.
A cultura esteve representada pelo grupo folclórico de Estrela que apresentou quatro coreografias. No intervalo de cada ato, a explicação sobre origem e motivações da performance. O quarteto de coralistas declamou no idioma alemão e despertou a reflexão sobre o trajeto do povo no país. Canções à capela encerraram a apresentação. O festejo foi completo para confraternizar, recordar e comemorar os 192 anos de luta de um povo no RS.
