Movidos pela missão de produzir, degustar e compartilhar a melhor bebida artesanal para os paladares mais exigentes, dois mil apreciadores participaram do 2º Festival de Inverno de Cerveja Artesanal. A confraria, que iniciou no dia 27 com jornada técnica até o dia 29, encerrou no sábado com show de rock no Centro Comunitário Cristo Rei.
Promovido pela Associação de Cervejeiros Artesanais de Estrela (Acerva), o evento reuniu 19 cervejarias do RS. O casal Antônio Cappelli, 55, e Eliete Xavier, 54, de Porto Alegre, viaja à procura de festivais que instiguem ainda mais o prazer pelas artesanais.
Já estiveram em Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Esteio e Santa Catarina, mas foi em Estrela que encontraram a combinação perfeita: música, variedade, organização e novas amizades. “Gostamos de experimentar novos sabores e novos ares”, conta Eliete.
Faz três anos que o casal iniciou a produção própria. A cada processo, são fermentados 15 litros. Antônio é o engenheiro da casa e inova a cada remessa. Segundo ele, o trabalho é amador, mas a dedicação é profissional. “Dá bastante trabalho, mas é algo muito prazeroso”.
Cervejaria de Santa Cruz do Sul, Heilige, esteve entre as expositoras
O médico Iuri Costa da Silva, 46, de Teutônia, sentiu-se em casa. A relação com a bebida fermentada iniciou em 2011, quando o irmão começou a produzir. Dois anos depois, decidiu ingressar na alquimia da cerveja.
Por meio de workshop promovido na Univates, adquiriu os conhecimentos técnicos para manter qualidade e lei da pureza alemã. Com os primeiros litros, passou a notar detalhes nos processos de fermentação, quantidade de ingredientes e a qualidade resultante da dedicação. “Isso naturalmente faz com que você se torne mais exigente. É uma cerveja que dificilmente vai dar dor de cabeça ou algo assim”.
Encorpada e mais saborosa, a bebida conquistou espaço na vida de Iuri. Hoje, produz 21 litros a cada processo. Para a mulher, faz a Stout, com aroma forte de café e chocolate. De coloração escura e encorpada, recomenda o consumo durante o inverno. “Eu prefiro a American Pale Ale, Indian Pale Ale, que têm amargor e teor alcoólico intenso”.
