Modernização e rapidez: cirurgia para catarata

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Modernização e rapidez: cirurgia para catarata

O tratamento da doença, realizado por meio de microcirurgia, tem procedimento quase indolor e recuperação rápida

Modernização e rapidez: cirurgia para catarata
Vale do Taquari

A catarata consiste na perda de transparência do cristalino (lente própria do olho). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença é responsável por 48% dos casos de perda visual reversível em todo o mundo. Ela pode ser congênita ou adquirida. Dependendo da causa, pode acometer ambos os olhos.

O tratamento ocorre por meio de cirurgia. Sua recomendação não está relacionada à idade do paciente, mas ao comprometimento visual. Para isso, é preciso que a capacidade ocular apresente condições de recuperação após a cirurgia. No caso de ter os dois olhos comprometidos, o procedimento não pode ser realizado de forma simultânea.

A anestesia é local e pode ser realizada com gotas anestésicas ou por meio de injeção de pequena quantidade de anestésico local na região inferior da órbita. A anestesia é sempre realizada por profissional habilitado, também responsável pelo acompanhamento clínico do paciente durante o procedimento, habitualmente um anestesista treinado nestes procedimentos. São realizadas monitorização cardíaca e oximetria de pulso ao longo da cirurgia. Nos casos de catarata em crianças ou adultos com dificuldades de controle dos movimentos, a anestesia deve ser geral.

O pós-operatório e recuperação estão relacionados à intensidade da inflamação do olho ao procedimento cirúrgico. Depende também do grau evolutivo da catarata e das condições de recuperação da córnea, retina e outras estruturas oculares. Diabetes e outras alterações podem interferir na recuperação. É comum a visão ficar embaçada nos primeiros dias de pós-operatório. Havendo pouca ou nenhuma inflamação, a visão se recupera rapidamente.

Fonte: Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa

Dr. Nédio Castoldi, Castoldi Oftalmologia

A Hora – O que é catarata?

Nédio Castoldi – A catarata é resultante da opacidade do cristalino, lente situada atrás da pupila, cuja transparência permite aos raios de luz chegarem à retina para formar a imagem. Na medida que ocorre a perda de transparência, por desorganização das estruturas proteicas associada à deposição de cálcio, há comprometimento progressivo da visão.

Quais as causas?

Castoldi – A causa mais frequente é a senilidade, com as alterações degenerativas que a acompanham. Existem outras, como as alterações do metabolismo, como o diabetes e as doenças da tireoide e da paratireoide, por exemplo.

Também existem as cataratas congênitas, que se manifestam na infância e geralmente aparecem em decorrência de doenças como a rubéola congênita ou a toxoplasmose. Existe ainda a causa traumática, comumente encontrada em traumas diretos do olho ou da face e crânio. Também temos as que ocorrem como consequência do uso crônico de medicamentos, a exemplo dos corticoides.

Quais os sintomas?

Castoldi – Os sintomas iniciais costumam se manifestar por perda da qualidade visual, particularmente em baixo contraste. Posteriormente, vem o embaçamento visual progressivo, baixa importante da visão até a cegueira completa.

Há como prevenir a catarata?

Castoldi – Não existe método efetivo para evitar a opacificação do cristalino pelo passar da idade. Mas algumas condutas podem ajudar a retardar o seu aparecimento e prolongar a saúde visual. É recomendável não fumar, manter dieta balanceada em frutas vermelhas e folhas roxas (ricas em antocianinas) e fazer uso de proteção ultra-violeta nos óculos.

Qual o tratamento?

Castoldi – A catarata é tratável por meio de cirurgia. O procedimento é realizado por meio de uma microcirurgia (incisão de 2,5 mm) com um aparelho de ultrassom. Esse aspira a catarata (facoemulsificação) sendo substituída pelo cristalino artificial, mais conhecido como lente intraocular. A recuperação é rápida e o procedimento é praticamente indolor, realizado na maioria das vezes com anestesia local. Permite uma completa recuperação visual e o retorno à vida normal em pouco tempo.

Com as novas técnicas e o manejo mais moderno e microcirúrgico, os riscos são minimizados ao extremo. Como em qualquer procedimento cirúrgico, alguns cuidados básicos são necessários como um certo período de repouso e cuidados com as contaminações.

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