Um misto de indignação e tristeza marcou o sepultamento do personal trainer Marcel Friederich Thomé, na tarde de ontem. O estrelense foi morto em uma tentativa de assalto nessa terça-feira, 26, em Porto Alegre.
Thomé tinha 33 anos e trabalhava em uma academia de jiu-jitsu no bairro Passo das Pedras, distante cerca de 500 metros do local do crime. Ele deixa a mulher, servidora da Polícia Civil, e um filho com apenas 25 dias de vida.
A vítima cursava o 8º semestre do curso de Educação Física na faculdade Sogipa, com previsão de formatura no fim do ano. Também estava escalada para compor a equipe de preparação física de judô da Sogipa durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro.
A direção da faculdade emitiu nota em solidariedade à família de Thomé. Nas redes sociais, a mensagem teve quase 500 compartilhamentos. Nos comentários, amigos, colegas e parentes relataram indignação com o aumento da criminalidade no estado, especialmente em Porto Alegre.
A vítima morava faz cerca de cinco anos na capital. Colegas de jiu-jitsu organizam uma manifestação em protesto pela morte de Thomé. O ato ocorre neste fim de semana e serve também para pedir mais segurança pública.
Violência
O crime aconteceu por volta das 15h, na rua Doutor Gregorio Behregaray Filho. A vítima estava em um Pálio branco, estacionado em frente à casa da mãe de um aluno, quando foi abordada por três homens. Thomé tentou fugir dos criminosos, mas foi atingido com um tiro na nuca e colidiu contra um muro.
Os assaltantes fugiram do local sem levar nada. Thomé chegou a ser encaminhado ao Hospital Cristo Redentor, mas não resistiu aos ferimentos.
Em depoimento na delegacia, uma testemunha afirmou que o trio fugiu a bordo de um Gol branco. Apesar dos indícios de tentativa de assalto, a investigação não descarta a possibilidade de assassinato.