As visitas a clubes da região servem para o governador do Rotary Clube, do distrito 4,700, conhecer parte dos projetos desenvolvidos nas cidades.
O empresário Giovani Spagnol acompanhou o andamento dos trabalhos que beneficiam entidades assistenciais ou promovem ação direta: a ajuda para quem precisa sem intervenção do poder público.
Para Spagnol, esse é o começo de uma caminhada que deverá perdurar durante todo o ano. Serão percorridos 55 clubes. Na região, conheceu projetos em Arroio do Meio e Teutônia. O clube de Encantado será visitado amanhã.
A aproximação com os novos diretores serve também para conhecer a realidade de cada clube.
Formado por voluntários e organizado em um sistema que conta com presidente, governadores e diretores, o Rotary atua na comunidade de maneira independente.
Na segunda-feira, Spagnol conheceu o Banco Ortopédico, um projeto iniciado em abril em Arroio do Meio.
Por meio de doações e investimentos do Rotary local, pacientes recebem equipamentos como cadeiras de roda, muletas, andadores e materiais especiais. O valor de investimento do Rotary Arroio do Meio foi de R$ 3,8 mil.
O material fica à disposição de quem precisa pelo tempo que for necessário, mas a cada dois meses deve ser renovada a permissão de uso. A entidade desenvolve outras iniciativas assistenciais. A Rústica da Solidariedade é uma delas. O valor das inscrições é revertido para projetos.
De acordo com a presidente do Rotary Arroio do Meio, Marinês Marchini, as iniciativas como o Dia do Vovô vislumbram contribuir com ajudas humanitárias a projetos.
Em agosto, ocorre o Baile dos Estados – uma janta promovida pelo clube, com noites temáticas. A cada ano, um estado é escolhido. No dia 20 de agosto, será a vez da Bahia. Outas ações também são desenvolvidas como o Chá Brechó, organizado para mulheres.
Com a palavra, o governador:
Empresário do ramo metalúrgico, Giovane Spagnol reconhece a necessidade e importância dos clubes de serviço. Morador de Ibiraiaras, foi empossado neste mês e terá a incumbência de conhecer os 55 clubes no RS.
Para ele, assim como em outras instâncias, a crise financeira mundial atingiu pouco os serviços sociais, mas tornou ainda mais importante a missão do Rotary em reunir as pessoas que querem ajudar a quem necessita.
A Hora – Cientistas econômicos comparam a situação financeira do mundo atual à crise após a 2ª Guerra Mundial e à repressão de 1930, em extensão e profundidade. Como você percebe a atuação do Rotary diante dessa crise que empobrece ainda mais o povo?
Giovani Spagnol – A crise é em parte, porque não atinge mesmo as necessidades mais básicas. Ocorreu que as pessoas se tornaram cada vez mais consumistas. Isso atingiu sim, mas isso já é superado. Estamos em recuperação e temos que manter o foco em coisas que dão certo, como os clubes de serviço, atendendo as demandas sociais mais emergentes. Isso atinge diretamente as pessoas. Há sempre quem queira ajudar e há sempre quem precisa de ajuda.
O Rotary, de alguma forma, toma parte de uma lacuna que diz respeito ao setor público, ao Estado?
Spagnol – O Rotary não atua para abarcar a falta do Estado, mas age de forma cooperada, entre diversas partes da sociedade. Onde há serviço público que dê conta da demanda, nós não atuamos. Por não ter fins lucrativos, o Rotary consegue evitar a burocracia, que muitas vezes atrasa o benefício das pessoas. Temos uma ação mais direta, para realização efetiva das ajudas.