Restrição de crédito eleva endividamento

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Restrição de crédito eleva endividamento

O cenário de crise econômica no país, que torna o crédito mais caro e restrito e cria grandes entraves para a obtenção de capital de giro, aumentou o endividamento e as dificuldades financeiras de muitas empresas no RS. A conclusão…

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O cenário de crise econômica no país, que torna o crédito mais caro e restrito e cria grandes entraves para a obtenção de capital de giro, aumentou o endividamento e as dificuldades financeiras de muitas empresas no RS.

A conclusão está na Sondagem Industrial Especial Financiamento para Capital de Giro, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). De acordo com a pesquisa, realizada com 289 empresas – 245 da indústria de transformação e 44 da construção –, a relação entre a evolução da dívida e o lucro operacional aumentou para 39,5% nas companhias desses dois segmentos no primeiro trimestre de 2016.

Segundo o presidente da entidade, Heitor José Müller, com a evolução do endividamento, cresceram as dificuldades financeiras das empresas, determinando a necessidade de financiar a continuidade de suas operações, sobretudo para pagar fornecedores, dívidas anteriores e despesas com funcionários.

Em vista disso, 54,2% das empresas procuraram crédito para capital de giro, tendo como base o primeiro trimestre de 2016. Dessas, 25,4% contrataram nova linha e 47,1% renovaram a já existente. Uma parte considerável, de 27,5% das empresas pesquisadas que procuraram por linhas de crédito, não conseguiu contratá-las ou renová-las, revela a pesquisa.

Ao mesmo tempo, entre as empresas que acessaram, 35,2% não as obtiveram no montante solicitado. Diante do aperto no crédito, 59,9% apontam que pioraram as condições de renovação das linhas de crédito para capital de giro, percentual que chega a 65% no caso das grandes empresas.

Dificuldades

Sete em cada dez das empresas pesquisadas e que conseguiram renovar, contratar ou buscar crédito no primeiro trimestre do ano apontaram a taxa de juros elevada como o maior obstáculo para que isso se concretizasse. A exigência de garantias reais foi o segundo maior problema, obtendo 45% das assinalações e os prazos muito curtos, o terceiro, com 31,7% das respostas.

Na avaliação de 20,3% dos industriais gaúchos ouvidos na pesquisa, a ampliação do prazo de pagamentos de tributos é a melhor alternativa para lidar com o atual problema de crédito. A destinação de parte de compulsórios dos bancos para financiar o capital de giro foi a segunda solução apontada, por 17,1% dos empresários.

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